Malta para os amantes de vinhos: uma viagem pela história vinícola da ilha

Os vinhos de Malta têm vindo a destacar-se pela sua reputação em todo o mundo, prémios internacionais e reconhecimento pela sua qualidade

vinhos de Malta
Malta para os amantes de vinhos: uma viagem pela história vinícola da ilha - ®DR

São muitos os viajantes que escolhem Malta como o seu destino preferido, seja para desfrutarem com família ou amigos, para descobrirem os seus segredos subaquáticos ou para conhecerem a sua história e cultura espantosas. Contudo, uma faceta menos conhecida, mas igualmente emocionante, de Malta é a sua cultura vinícola. Atualmente, os vinhos de Malta têm vindo a destacar-se por terem uma excelente reputação em todo o mundo, tendo conquistado prémios internacionais e reconhecimento pela sua qualidade excecional.

A história do vinho maltês

A produção de vinho em Malta remonta a mais de dois mil anos, desde a época romana. Nos seus primórdios, a reputação do vinho maltês não era a melhor, uma vez que a maior parte das uvas cultivadas se destinava ao consumo de mesa e só os excedentes eram utilizados para fazer vinho. Foi no século XX, com a criação das primeiras adegas, como a Emmanuel Delicata e a Marsovin, que a produção de vinho começou a ser levada a sério e que as castas internacionais foram introduzidas nas ilhas.

Por sua vez, as castas autóctones, como a Gellewza (tinto) e a Ghirgentina (branco), juntamente com as castas internacionais, como a Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah, Cabernet Franc, Chardonnay, Sauvignon Blanc e Moscatel, contribuíram para diversificar a oferta de vinhos malteses. 

Para os amantes de vinhos, eis algumas adegas de visita obrigatória para descobrir esta faceta menos conhecida da ilha de Malta.

Meridiana

A Meridiana Wine Estate goza da reputação de ser a melhor e maior adega de Malta, produzindo 140.000 garrafas por ano. É uma excelente escolha para uma introdução aos vinhos malteses, tirando partido da atmosfera tranquila e cuidada do local. Os vinhos são servidos num pátio interior tradicional, acompanhados por um generoso prato de aperitivos malteses.

Mar Casar

O excêntrico italiano Mark Cassar orgulha-se de produzir em Malta vinhos igualmente invulgares, condizentes com a sua própria personalidade. A sua adega, alimentada exclusivamente por energia eólica e solar, produz vinhos biológicos, vegan e sem glúten, elaborados sem pesticidas nem tampas de alumínio.

Cuidando das suas vinhas com uma adoração quase paternal, Mark Cassar emprega técnicas antigas de fermentação e envelhecimento, utilizando vasos de barro cru, e recebe pessoalmente os seus clientes.

Ta’Mena

Gozo, a irmã mais nova de Malta, caracteriza-se não só pela sua natureza mais calma e rural, mas também pelo seu imenso potencial vinícola, com temperaturas costeiras frescas e pequenos vales que canalizam a brisa do mar. Para uma prova de vinhos gozitanos com um toque especial, visite a adega familiar de Ta’Mena, cujos vinhos são feitos a partir de uvas autóctones maltesas, muito suaves ao paladar e fáceis de beber. 

Ta’Betta

Situada na aldeia de Dingli, Ta’ Betta é uma joia escondida no panorama vinícola maltês. Fundada no século XIX pela família Betta, esta adega tem sido transmitida de geração em geração, mantendo viva a tradição vinícola da ilha. O que distingue Ta’ Betta é o seu foco na preservação das variedades de uvas autóctones e das técnicas de vinificação ancestrais, uma vez que cada garrafa conta uma história de dedicação e amor pelo vinho maltês, captando a própria alma da ilha em cada gole.

A importância da cultura do vinho no arquipélago maltês é tal que, durante a primeira semana de setembro, se realiza o Festival do Vinho de Qormi, o principal evento vinícola de Malta. Durante esta semana, as ruas de Qormi, em frente à Igreja Paroquial de São Jorge, enchem-se de expositores que vêm promover os seus vinhos, atraindo tanto os conhecedores de vinho como os curiosos em busca de novas experiências sensoriais.

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