O campeonato está ao rubro! Sebastian Buhler confirmou, esta tarde a vitória na Baja TT Idanha-a-Nova, depois de ter dominado por absoluto a prova organizada pela Escuderia de Castelo Branco. O seu mais directo adversário, António Maio, em Yamaha WR, não conseguiu acompanhar o ritmo imposto por Buhler acabando por adiar as decisões do título para a última e derradeira prova do campeonato que se realizará nas rápidas pistas alentejanas de Portalegre. Neste momento, os pilotos estão tecnicamente empatados com 115 pontos.
António Maio entrou para a prova com o objectivo de vencer para, desde já, garantir o título de campeão absoluto. Contudo, o campeão nacional não entrou bem e depois das passagens pelo prólogo e primeiro sector selectivo, realizados na sexta-feira, via o seu mais directo adversário, Sebastian Buhler, demonstrar alguma superioridade nas rápidas pistas de Idanha-a-Nova.
Neste sábado, a superioridade do piloto da Yamaha WR 450 F acabou mesmo por se confirmar. Buhler venceu o segundo sector selectivo de 261.56 quilómetros, terminando a prova com 1 minuto e 26 segundos de vantagem sobre António Maio. Quem nunca entrou verdadeiramente na luta pela vitória foi o piloto da KTM, Mário Patrão, que ainda a recuperar de lesão se ficou mais uma vez pela terceira posição da geral, a mais de 15 minutos do vencedor. Entre as senhoras, Catarina Sampaio levou a melhor sobre Rita Vieira que, ainda assim, assegurou o triunfo para o campeonato europeu de bajas FIM (Federação Internacional do Motociclismo).
Nas contas do título, e com seis provas já realizadas, Maio e Buhler possuem o mesmo número de vitórias, três. Maio obteve três segundos lugares, enquanto que Buhler soma dois e um abandono o que confere, por agora, vantagem a Maio na classificação geral. Contudo, como os pilotos podem “deitar fora” o pior resultado, a classificação geral “virtual” dita um empate técnico entre ambos, o que atira todas as decisões para última prova do campeonato.
Para Sebastian Buhler a vitória na Baja TT de Idanha-a-Nova é o cumprir dos objectivos a que se tinha proposto. “A prova correu-me muito bem! É extremamente bem organizada, com percursos rápidos e decidi atacar logo de início pois sabia a importância de ter pneus em boas condições para ganhar tempo. No final, aproveitei para gerir a vantagem e consegui vencer. Partir para a última ronda do campeonato com a possibilidade de ser campeão é muito positivo e mostra que cumpri o meu objectivo nesta prova.” destacou.
Por seu lado, António Maio não deita a toalha ao chão numa altura em que perdeu a primeira de duas oportunidades de renovar o título de campeão. “A prova correu bem, embora tenha entrado com um ritmo mais tranquilo do que devia. Isso fez-me perder algum tempo na primeira fase da corrida. O facto de ter sido operado recentemente ao ombro também não me fez estar tão à vontade, mas acredito que em Portalegre posso conseguir cumprir o objectivo e chegar, de novo, ao título.”, disse o actual campeão nacional, que mais uma vez irá discutir o ceptro na prova de encerramento do ano, sendo a segunda vez nos últimos três anos que Maio e Buhler são os pretendentes ao ceptro final.
Nota igualmente para as vitórias de Martim Ventura em TT1 e Bruno Borrego em TT3, na Taça FIM de Bajas venceu Rita Vieira
Nos quads, Arnaldo Martins continua imparável. O piloto da Suzuki, já campeão nacional, levou para casa mais uma vitória que lhe conferiu também o título de vencedor da Taça do Mundo de Bajas na competição organizada pela FIM. “Esta foi a prova mais dura que fiz este ano. As pistas estavam um pouco degradadas, mas as corridas são mesmo assim. Se fosse fácil era futebol. Ser campeão do mundo é um orgulho e prova que tanto eu como a minha equipa fizemos uma excelente época, só com vitórias.”, explicou.
Já nos SSV, e quando já nada o fazia prever, Bruno Martins perdeu a liderança confortável que trazia à passagem pelo segundo ponto intermédio de controlo, permitindo uma luta intensa pela vitória na Baja TT Idanha-a-Nova entre David Tubarão e João Monteiro, ambos em Can AM Maverick X3 XRS. A vitória acabaria mesmo por sorrir a Monteiro que assim chega à última prova a apenas dez pontos de se sagrar campeão nacional de SSV. “Fiz a prova inteira a gerir, sem pensar na vitória. Mas a partir da segunda assistência comecei a ver o pó dos meus adversários, que nem sempre me facilitaram a passagem, e acabei por aumentar o ritmo e conseguir a vitória. Agora para a última prova a estratégia será a mesma, até porque a possibilidade de ser campeão é uma realidade. Vou tentar aproveitar as oportunidades que surgirem.” destacou João Monteiro, que leva para o Alentejo a possibilidade de pela primeira vez na história vermos pai e filho vencerem um campeonato, pois Jorge Monteiro, seu pai, foi campeão nacional desta mesma categoria em 2010 e posteriormente em 2014.
CLASSIFICAÇÕES
MOTO
1º Sebastian Buhler – Yamaha com 4h17m08.00s
2º António Maio – Yamaha a 1m26.00s
3º Mário Patrão – KTM a 15m51.00s
4º Martim Ventura – Yamaha a 32m21.00s
5º David Megre – KTM a 33m54.00s
MOTO 4
1º Arnaldo Martins – Suzuki com 5h31m65.00s
2º Filipe Martins – Yamaha a 11m49.00s
3º Joni Fonseca – Yamaha a 32m68.00s
SSV
1º João Monteiro / Américo Monteiro – Can Am com 4h51m18.00s
2º Bruno Martins / Eurico Adão – Can Am a 1m42.00s
3º David Tubarão – Can Am a 2m53.00s
4º Mário Franco / Luis Engeitado – Yamaha a 5m17.00s
5º Avelino Luis / Dinis Carmo – Can Am a 9m12.00s