222 anos depois, Palácio da Ajuda, vai ser acabado.


Depois de inúmeros projetos e tentativas de remate, finalmente há programa, projeto e dinheiro para a conclusão.

A obra que ficará concluída em dezembro de 2018, para acolher um museu com as joias da coroa portuguesa, foi hoje anunciada.

Serão 15 milhões de euros repartidos pelo Ministério da Cultura, a Câmara de Lisboa e a Associação de Turismo de Lisboa.

Tendo como ‘pano de fundo’ a incompleta fachada poente foi assinado o protocolo para dar início à finalização do edifício, com a presença do Primeiro Ministro – António Costa -, o Ministro da Cultura – Luís Filipe Castro Mendes – , O presidente da Câmara de Lisboa – Fernando Medina- e outras individualidades.

António Costa considerou tratar-se de “um dia histórico”, por, finalmente, se poder proceder à conclusão de um edifício mais de dois séculos depois de ter sido iniciado.

Por seu turno, Luís Filipe Castro Mendes, salientou a importância de na ala poente do palácio ficar um espaço museológico com milhares de exemplares das joias da coroa e tesouros da ourivesaria da Casa Real, o qual se espera venha a ter mais de 200 mil visitantes anuais.

Fernando Medina, adiantou que dos 11 milhões de euros a investir pela autarquia, seis milhões de euros serão provenientes da taxa turística, que está a ser aplicada desde janeiro deste ano e que pela primeira vez serão investidas na área da cultura e do património. Em relação às receitas que vierem a ser geradas pelo espaço museológico, Fernando Medina, disse que elas serão equitativamente distribuídas entre a Associação de Turismo de Lisboa e a Direção-Geral do Património Cultural, organismo afecto ao Ministério da Cultura.

 

Após e na sequência do terramoto de 1755, em que o Paço da Ribeira sucumbiu, foi aqui que a família real passou a morar, a Real Barraca. Uma casa de madeira que anos mais tarde ardeu e à qual sucedeu o projeto barroco do arquiteto régio Manuel Caetano de Sousa, de 1796, que sofreu alterações em 1802 para se adequar ao gosto neoclássico. As invasões francesas fizeram parar a construção. Passou a ser a habitação real a partir de 1826, tendo  D. Luís e D. Maria Pia feito grande uso do local a partir de 1861. A decoração denota uma forte marca daquela rainha de origem italiana. Em 1968 foi convertido em museu.