37ª Volta ao Alentejo Crédito Agrícola: Nova liderança na “Alentejana” com os britânicos a dominar em todas as frentes

O britânico Gabriel Cullaigh (Team Wiggins Lecol) voltou a erguer os braços e a levar os punhos ao peito na “Alentejana”. Depois de, na edição anterior ter vencido duas etapas, o jovem de 22 anos foi superior no sprint alongado em Mora e conquistou, esta quinta-feira, a liderança da 37a Volta ao Alentejo Crédito Agrícola.

37ª Volta ao Alentejo Crédito Agrícola
Nova liderança na “Alentejana” com os britânicos a dominar em todas as frentes - ®DR

 

Nesta chegada novamente inclinada, Luís Mendonça (Radio Popular/Boavista) fez segundo e Rafael Silva (Efapel) foi terceiro. Nas contas finais, além de um novo comandante, há a destacar o regresso do melhor português, Mendonça, à vice-liderança em troca com o espanhol Vicente Garcia de Mateus (Aviludo-Louletano).

”Hoje garantimos a Camisola Amarela, a dos Pontos e a da Montanha. Foi um dia perfeito”, disse satisfeito o novo líder. Consciente das dificuldades em manter-se de Amarelo, Gabriel Cullaigh revela que veio “com uma equipa forte eambiciosa. Sem dúvida que a concorrência aqui é muito boa, mas o que vai decidir tudo é o contrarrelógio individual. Esse vai ser o verdadeiro teste”. A terceira etapa da Alentejana, 176,5 km divididos entre Santiago do Cacém e Mora, revelou um pódio totalmente novo. Gabriel Cullaigh juntou à Camisola Amarela Crédito Agrícola a liderança dos pontos expressa nesta competição pela Camisola Preta KIA. O companheiro de equipa, James Fuche, ascendeu ao trono dos melhores trepadores e vestiu de Castanho Delta Cafés. A seleção britânica de sub-23 viu Rhys Britton envergar a Camisola Branca Fundação INATEL, símbolo da juventude.

Uma etapa frenética

O primeiro grupo a dar nas vistas formou-se logo após a saída de Santiago do Cacém pela iniciativa de Tiago Machado (Sporting/Tavira) que levou na roda outros quatro corredores onde seguia também James Fouche (Team Wiggins Lecol). O neozelandês aproveitou o dia para somar pontos para a liderança da montanha em Alcácer do Sal e Montemor-o-Novo. Pela ação mais interventiva das equipas Efapel e W52/FC Porto, o pelotão alcançou os resistentes da fuga quando ainda faltavam cerca de 60 quilómetros para a chegada, mas o coletivo voltou a fracionar-se em dois grupos depois da passagem por Arraiolos. Na frente estavam os favoritos, entre eles o anterior comandante da prova Enrique Sanz (Euskadi Basque Coutry-Murias). Foi este cenário que se manteve até Mora.

Dois em um

Depois de três dias de competição, o fim-de-semana começa com uma etapa dupla que na verdade são duas. Em Ponte de Sor, que regressa ao convívio da “Alentejana” após 26 anos de ausência, o dia começa com uma etapa relativamente pequena mas com a exigência de duas montanhas, uma de 4a categoria no Crato e a 5,4 km da meta uma contagem de 2a categoria no Cabeço do Mouro. Antes da chegada a Portalegre, perto das 12h20, os corredores ainda têm a Meta Volante de Alter do Chão.

O sábado tem no período da tarde o contrarrelógio de Castelo de Vide. A pitoresca vila vai proporcionar uma muito decisiva luta contra o cronómetro de 8,4 km. À semelhança de 2018, o percurso deste exercício individual vai ascender à Ermida da Sr.a da Penha, na Serra de S. Paulo, para terminar junto ao Parque João José da Luz, no centro urbano.