O projeto municipal Santarém Cultura tem Teatro, Fado e Exposições como propostas culturais para as próximas semanas

O Teatro Sá da Bandeira, nos dias 10 e 11 de maio, recebe a peça de teatro FAMÍLIAS de Costanza Givone. Dia 10, sexta-feira, às 14h00, para o público escolar e no dia 11 de maio, sábado, às 17h00 para famílias.

Santarém Cultura
Santarém Cultura tem Teatro, Fado e Exposições como propostas culturais para as próximas semanas - ®DR

 

FAMÍLIAS é um espetáculo-retrato construído entre uma atriz e o público. Entre a dança e a palavra, os espectadores partilham memórias reais e imaginárias, tornando-se, a par com a atriz, membros de uma grande e singular família. “A minha avó nasceu na Roménia, fazia bola de carne aos sábados (ninguém gostava), foi de navio até Nova Iorque, tinha um baú cheio de roupa para nos disfarçarmos, conheceu o meu avô, casou, foi para Florença, fez 11 filhos, escreveu um livro de poesias de amor, divorciou-se, criou um grupo de música irlandesa, não se lembra do meu nome, não se lembra de que dia é hoje, lembra-se das músicas que cantava, a minha avó tem 83 anos, 11 filhos, 22 netos, 12 bisnetos…”

Costanza Givone despe camadas de roupa à medida que revela fragmentos da história da sua família. Por cada peça de roupa, uma personagem. As suas memórias pessoais misturam-se com os contos das crianças ouvidas durante a construção do espetáculo, para criar uma grande família imaginária, juntamente com o público.

Este espectáculo tem o apoio da ArtemRede e dgARTES, Constanza Givone cria e interpreta, conta com a produção executiva de Ana Carvalhosa e Cláudia Santos e produção e apoio de Circolando.

Os ingressos têm o custo de 2€ criança e 5€ adulto, com descontos aplicáveis, e estão à venda no Teatro Sá da Bandeira, na Bol – Bilheteira Online (www.bol.pt) e nas Lojas Worten, Fnac e CTT. Mais informações através do e-mail [email protected].

A exposição Cartografia Sentimental abre ao público, no Palácio Landal, no próximo dia 15 de maio. Cartografia Sentimental é um projeto expositivo híbrido, que explorará a relação das pessoas com a cidade, nomeadamente, com a zona histórica, criando tangentes a questões como a Topofilia, das cidades que se modificam todos os dias e de como transformamos espaços em lugares.

Na senda dos projeto Quase um Mapa (Paul Hardman), Guerrilha Urbana (Ricardo Correia e Rita Grade), Água, Terra, Ar (André Sier, Boris Chimp 504 e Sonoscopia), Subway Life e Desenhos Efémeros (António Jorge Gonçalves) que apresentámos no 1º trimestre, vamos expor os resultados da interação dos mesmos com o público e com as instituições, de forma a prolongar a discussão sobre “Locais Afetivos em Santarém” e “Pelo que lutarias na tua cidade?” e a desenvolver um outro olhar sobre a relação das pessoas – neste caso, habitantes de Santarém – com o passado, presente e futuro da cidade.

Este projeto expositivo, que na verdade constitui-se de uma série de exposições que se irão modificando como resposta ao público, ao movimento e ações das pessoas na rua, aos acontecimentos que decorrerem durante o período em que estiver em exibição.

«A Santarém do Futuro é das pessoas. Para além da visão estratégica e política – que decorrerá de outros fóruns de discussão e decisão -, queremos utilizar a arte e a cultura para humanizar espaços, aumentar a participação cívica, criar cidadãos preocupados, mas sobretudo ativos na construção de pequenos muitos, que construirão um todo melhor. Queremos pensamento, mas que gere ações e assim, continuar a questionar todas e todos sobre: As formas de nos relacionarmos melhor com a nossa cidade e com a nossa região; Como podemos dar um sentido a espaços que estão em permanente construção, tornando-os lugares e não um sentimento de cidade inacabada; Ver e construir uma nova urbe, com experiências que aproximem a comunidade Scalabitana não pelos interesses semelhantes, mas pela capacidade de construir e experimentar em conjunto».

Esta exposição vai estar patente, até 21 de setembro, de segunda a sexta-feira das 9h30-12h30 e das 14h00-17h30 e aos sábados das 10h00 às 13h00, no Palácio Landal. Mais informações através do e-mail [email protected].

No dia 18 de maio, às 22h00, o Convento de São Francisco recebe o fadista Ricardo Ribeiro a voz que nunca se esquece “uma vez ouvida, jamais esquecida” in Expresso.

Ao longo dos anos tem marcado presença em países como Estados Unidos e Canadá, México, França, Bélgica, Áustria, Inglaterra, Espanha, Marrocos, Jordânia ou Irão. Em 2018 foi convidado pelo Governo Português para, juntamente com o alaudista/compositor Rabih Abou-Khalil levar à FIL de Guadalajara, México, a “Toada de Portalegre”, poema de José Régio, musicado pelo compositor libanês.

O músico desenvolve outros projetos, continuando a sua bem-sucedida parceria com o alaudista Rabi Abou-Khalil ou aceitando o convite do CCB para a Carta Branca em 2017, homenageando Zeca Afonso. Nesse mesmo ano, Ricardo Ribeiro recebe o Prémio Carlos Paredes, atribuído pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e recebe ainda uma Menção Honrosa no Prémio José Afonso, por parte da Câmara Municipal da Amadora.

No passado dia 26 de abril de 2019, Ribeiro lança o seu sexto trabalho, “Respeitosa Mente”, um disco que sai do fado, utilizando poesia de enorme qualidade, feito com o pianista português João Paulo Esteves da Silva e o percussionista norte-americano Jarrod Cagwin.

Com cinco discos de fado editados, a poderosa voz de Ricardo Ribeiro continua a encantar e a arrebatar plateias em espetáculos inesquecíveis, acompanhado pelo trio de excelência José Manuel Neto na guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença na viola de fado e Daniel Pinto no baixo, como será o caso desta noite.

Concerto com o trio de fado tradicional, neste caso com os músicos José Manuel Neto na guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença na viola de fado e Daniel Pinto no baixo.

Os ingressos têm o custo de 10€, preço único, e estão à venda no Teatro Sá da Bandeira, na Bol – Bilheteira Online (www.bol.pt) e nas Lojas Worten, Fnac e CTT. Mais informações através do e-mail [email protected].

De salientar que a exposição SUBWAY LIFE de António Jorge Gonçalves está patente, até 31 de maio, de segunda a sexta-feira das 9h30 às 18h00 e aos sábados das 9h30 às 12h30, na Sala de Leitura Bernardo Santareno.

Tudo começou em Londres, onde António Jorge Gonçalves exercitou desenhar a pessoa que se sentasse à sua frente no Metro. Ao regressar a Lisboa, decidiu levar o jogo a outras 9 cidades: Lisboa, Berlim, Estocolmo, Nova Iorque, São Paulo, Tóquio, Atenas, Moscovo e Cairo. O resultado do projeto apresentado no site oficial foi premiado no Flash Film Festival pelos milhões de visitas. Apresentamos uma seleção desses desenhos ampliados à escala humana, criando um efeito surpreendente de proximidade com estes desconhecidos, que serão expostos em espaço público.

António Jorge Gonçalves é um autor de banda desenhada, cartoonista, performer visual, ilustrador, cenógrafo e professor português, autor de diversas Novelas Gráficas, e tem colaborado com diversos escritores – Nuno Artur Silva, Rui Zink, Ondjaki ou Mário de Carvalho. Faz semanalmente cartoon político para o Inimigo Público (suplemento do Público) desde 2003. Estes trabalhos foram também publicados no Le Monde e Courrier Internacional, e premiados no World Press Cartoon. Integrou o projeto pedagógico 10×10 da Fundação Calouste Gulbenkian como artista formador.