“A garota não”: melhor videoclip no Arouca Film Festival

"A garota não", projeto musical da setubalense Cátia Mazari Oliveira, foi distinguido com o prémio de melhor videoclip no Arouca Film Festival com o teledisco Adamastor, produzido pela GARAGEM e realizado por Pedro Estevão Semedo.

Arouca Film Festival
A garota não: melhor videoclip no Arouca Film Festival - ®DR

 

“Adamastor” integra a “Rua das marimbas n.7″,  trabalho de estreia d’ A garota não, seguindo-se a “No dia do teu casamento“, o single de apresentação de um projeto musical que, segundo a própria artista se caracteriza como “uma forma de estar na vida, de assumir o direito e a responsabilidade de se ser o que se sente, aquilo em que se acredita”.

Rua das marimbas n.7” é o primeiro disco de longa duração de A garota não,  onde canta “o que dói, o que faz rir, o que os dias trazem quando neles se derrama a vida: na delicadeza, respeito, relações, sonhos e amor“, explica a artista.

Com produção de Sérgio Mendes, conta com um colectivo de incríveis músicos: Pedro NobreDiogo SousaCarolina InêsAna Du CarmoFrankleyMolina.

Quem é A garota não?

Nasce num contexto rico em diversidade e influências: “No meu bairro os vizinhos ouviam música alta, naquele volume que atravessava paredes, patamares, andares inteiros. Do rés do chão ao último andar. De Gipsy Kings a música eletrónica, e pelo meio das escadas os ritmos endiabrados de quem matava as saudades de África. O meu prédio era um verdadeiro território intercultural.

Eu fui acontecendo no meio disto: a cantar desenfreadamente as canções que aprendia na escola e a gravar as minhas versões nas cassetes originais dos meus pais. Por isso não era de estranhar que numa cassete de Elton John, em vez do Rocket man se encontrassem canções infantis numa voz forçada. Na altura achava que cantar bem era gritar muito.”
(…)
“Pouco depois, nas tardes quentes das férias grandes, vem a guitarra e as primeiras composições com amigos. E as palavras que sempre me tinham dançado soltas no lápis e na cabeça, ganhavam pela primeira vez uma casa, um espaço para se reunirem à mesa e se combinarem num significado maior: deixavam de ser ideias soltas e passavam a ser histórias, protestos, catarses, canções. E tem sido assim até hoje”
, diz-nos A garota não.

No entretanto a artista participou de projetos de Jazz e MPB, e escreveu letras para artistas de Fado. Este ano apresenta-se como A garota não e a sua Rua das Marimbas, álbum já editado digitalmente no início deste ano, estará brevemente disponível nas lojas a nível nacional.