“Lugares Património Mundial do Centro” vai continuar dado o balanço positivo

Os principais resultados da operação Lugares Património Mundial do Centro foram dados ontem a conhecer em conferência de imprensa realizada no claustro real do Mosteiro da Batalha.

Lugares Património Mundial do Centro
“Lugares Património Mundial do Centro” vai continuar dado o balanço positivo - ®DR

 

Lugares Património Mundial do Centro é a operação que promove de forma conjunta, desde 2017, os quatro elementos patrimoniais da região Centro de Portugal inscritos na lista do Património Mundial da UNESCO: Mosteiro da Batalha, Mosteiro de Alcobaça, Convento de Cristo em Tomar e Universidade de Coimbra, Alta e Sofia.

A conferência de imprensa, intitulada “Lugares Património Mundial do Centro: Chegou o tempo do regresso”, serviu, igualmente, para apelar ao regresso dos visitantes aos monumentos e lugares classificados, após o difícil período que recentemente atravessámos.

A iniciativa contou com intervenções de Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal, em representação do consórcio que levou a efeito a operação; Joaquim Ruivo, diretor do Mosteiro da Batalha, em representação da Direção-Geral do Património Cultural; e Paulo Baptista Santos, presidente da Câmara Municipal da Batalha.

Igualmente presentes estiveram representantes das várias autarquias e entidades envolvidas, casos da diretora regional de Cultura do Centro, Suzana Menezes; a presidente da Câmara Municipal de Tomar, Anabela Freitas; assim como da vereadora da Câmara Municipal de Coimbra, Carina Gomes; da vereadora da Câmara Municipal de Alcobaça, Inês Silva; e de diretores do Turismo Centro de Portugal.

Operação Lugares Património Mundial do Centro

A operação Lugares Património Mundial do Centro desenvolveu-se a partir de 2017. Assentou em quatro eixos fundamentais [programas], cuja execução foi apresentada hoje:

 – qualificação da hospitalidade turística,

 – educativo em rede,

 – cultural em rede

 – comunicação em rede.

Um dos produtos que resultam da operação Lugares Património Mundial do Centro vai estar disponível no próximo sábado – o guia “Lugares Património Mundial do Centro de Portugal”, que será distribuído com um jornal nacional. Com tiragem de 80 mil exemplares, esta publicação conta a História dos quatro lugares classificados e mostra o melhor que há para conhecer nos lugares e nas zonas envolventes, incluindo sugestões de roteiros variados. Também hoje foi apresentado o Guia Digital “Visitante + Seguro Lugares Património Mundial do Centro”. Disponível em www.patrimoniomundialdocentro.pt, este guia reforça a importância de voltar e regressar aos lugares e monumentos patrimoniais, demonstrando ao visitante que o pode fazer de forma segura, apresentando dicas, recomendações e sugestões para uma viagem e visita mais responsável e segura.

Entre os resultados da operação apresentados, destacou-se o aumento do número de visitantes aos quatro lugares, que em conjunto somaram 1,5 milhões de visitas em 2019:

  • 416,7 mil no Mosteiro da Batalha,
  • 365,4 mil no Convento de Cristo,
  • 220 mil no Mosteiro de Alcobaça
  • 482,9 mil (dados de 2018) na Universidade de Coimbra, Alta e Sofia. A estes somaram-se 149,6 mil no Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra. Esta infraestrutura integra a classificação da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia desde 2019.

Descentralizar os circuitos turísticos

Na apresentação, Joaquim Ruivo sublinhou o facto de a pandemia de covid-19 poder ter como uma das consequências “descentralizar os circuitos turísticos, aliviar os que estão sobrecarregados, levar visitantes aos circuitos menos conhecidos e reforçar o turismo nacional“. “Tudo isto são oportunidades que podem surgir com esta crise. Mantendo as distâncias podemos ser cada vez mais unidos“, reiterou.

Operação Lugares
Operação Lugares – ®DR

Inspirar os visitantes a escolherem o Centro de Portugal

Pedro Machado, a quem coube a apresentação dos resultados, destacou a aposta que o Turismo Centro de Portugal e outras regiões do país estão a fazer no reforço dos visitantes nacionais, nesta primeira fase de desconfinamento. “Desafiamos os portugueses a conhecerem melhor Portugal. Visitem Portugal! Tirem partido daquilo que os estrangeiros dizem há três anos: que Portugal é o melhor destino turístico do mundo. Se somos o melhor destino, vamos usufruir dele e tirar partido desta nova realidade. Os portugueses têm ao dispor experiências maravilhosas e inolvidáveis. Dentro do seu próprio país e, em particular, no Centro de Portugal, incluindo os nossos lugares Património Mundial“, frisou.

A partir de julho, o desafio é extensível aos turistas de fora do país. “Queremos inspirar os visitantes a escolherem o Centro de Portugal assim que poderem viajar, e sobretudo a escolherem um dos produtos premium da região, que é precisamente o Património e Cultura. Queremos que estes 1,5 milhões de visitantes, que escolheram estes lugares em 2019, voltem a colocar o Centro de Portugal nas suas preferências. A região está disponível e apta a recebê-los“, sustentou.

Em relação à operação Lugares Património Mundial do Centro, Pedro Machado realçou que “foi possível realizar um investimento virtuoso, que teve retorno para aqueles que participaram no consórcio”.  “Acreditamos que o trabalho destes anos é um extraordinário exercício para o presente e para o futuro e queremos renovar este compromisso com os parceiros para os anos vindouros. O turismo, a cultura e o património constituem um triângulo virtuoso”, disse ainda. 

Relação entre a cultura e o turismo

A finalizar a conferência de imprensa, Paulo Baptista Santos, na qualidade de anfitrião, enalteceu o facto de que “esta relação entre a cultura e o turismo, quando bem combinada e feita com qualidade, potencia uma sinergia muito importante para a economia local e para os valores culturais que defendemos“. Recordando que “no país quem faz cultura são os municípios“, o autarca continuou, dizendo que “este projeto em rede demonstra que é possível fazer um trabalho continuado, sistematizado, de qualidade e que acrescenta valor no território e na economia. O incremento da notoriedade dos nossos patrimónios deveu-se muito a esta parceria“. “Há um grande consenso em continuarmos este projeto nos próximos anos“, concluiu.

 

 

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