As Marchas da Santa Casa, da Bela Flor-Campolide, da Madragoa, da Ajuda, de Alcântara, de Campo de Ourique e de Alfama, foram as machas que se apresentaram ontem (5) a concurso, na Altice Arena.
As Marchas Populares voltaram a alegrar a Altice Arena, após dois anos de interregno, devido à pandemia de Covid-19. Ao público, os marchantes mostraram as singularidades dos seus bairros, através de coreografias em torno de um tema. Pôde-se ver um pouco das tradições de cada bairro, a que não faltaram as varinas, ardinas, marinheiros, os namoricos e os celebres aguadeiros. Com os arcos, foram recriados os pátios e os arraiais, onde se dançava e cantava o fado.
Entre outras, este ano a Marcha da Bela Flor – Campolide escolheu o tema ‘Não há marcha sem ter música’, em que homenageia a componente musical das Marchas. ‘Para sempre Madragoa” é o tema Madragoa, bairro conhecido pela sua ligação ao Tejo, de onde provém a maior parte das varinas, e a de Campo de Ourique, escolheu o tema “Campo de Ourique, arraiais, fado e outras coisas tais”, onde alia arrais e fado, numa homenagem ao bairro e à Sociedade Filarmónica Alunos de Apolo, pioneira das Marchas Populares. A Marcha de Alfama, a mais premiada das marchas de Lisboa, escolheu o tema ‘Pátio de Alfama: condomínio de afetos’, que recria os pátios, onde no fim do dia se descansava após uma longa jornada. Como um bairro dentro do bairro, com vasos entre portas e estendais.
Na noite de Santo António, no ansiado regresso à Avenida da Liberdade, o desfile vai ser encabeçado pela Marcha Popular de Vale do Açor, convidada desta edição.
Também, este ano, pela primeira vez, a Marcha Infantil das Escolas de Lisboa vai descer a Avenida. Dezenas de crianças, de várias escolas de Lisboa, com o apoio das juntas de freguesia da cidade, associaram-se às Festas, sob o tema: “Lisboa Cidade de Tradições”.
