Restaurante Harmonia – a harmonia da boa cozinha portuguesa e de bem receber

Harmonia, um restaurante que é já um culto, na arte de bem receber, com pratos de boa cozinha portuguesa, mas com um toque de requinte.

Restaurante Harmonia
Restaurante Harmonia - a harmonia da boa cozinha portuguesa e de bem receber - ©ArmandoSaldanha (Aldrabiscas)

O Harmonia, projeto do Chef Marco Costa, é um restaurante que alia a cozinha tradicional portuguesa à inovação e a uma excelente carta de vinhos, é já um culto, na arte de receber, bem no centro de Lisboa. No Harmonia o espaço com capacidade para 130 pessoas, toda a equipa trabalha para que os clientes se tornem amigos. É um espaço onde reina a boa disposição e onde a citação de Mia Couto inscrita na entrada da cozinha “Cozinhar não é um serviço. Cozinhar é um modo de amar os outros” encaixa na perfeição no quotidiano do Harmonia.

Cresceu entre ‘tachos e panelas’, dormiu muitas vezes ‘em cima das arcas frigorificas’, quando era criança, no restaurante “Harmonia da Beira” que os seus pais abriram quando resolveram deixar Masgalos (Viseu) e vir para Lisboa, à procura de uma vida melhor.

Tirou o curso de cozinha, na Escola de Hotelaria de Lisboa, e trabalhou na cozinha do antigo Hotel Le Méridien, em Lisboa. Ajudou os pais, António Costa e Maria Natividade, durante cinco anos até o restaurante do casal fechar.

O passo seguinte foi realizar um sonho antigo e abrir o seu próprio negócio. Em setembro de 2011 assumiu o comando do restaurante Zé do Cozido. Os sabores tradicionais de Portugal conquistaram a clientela e, com o tempo, os 42 lugares do Zé do Cozido deixaram de ser suficientes.

Sete anos depois decidiu mudar de morada e instalar-se num espaço maior. Nasce assim o Harmonia, em homenagem ao antigo restaurante da família Costa, com um conceito diferente dos anteriores, mas mantendo o ambiente familiar e a comida tradicional. Marco Costa garante que “faltava um espaço assim em Lisboa. Um local com comida tipicamente portuguesa, onde a relação qualidade/preço fosse equilibrada”.

Na ementa do Harmonia, Marco Costa fez questão de deixar alguns pratos do restaurante Zé dos Cozidos. O cozido continua a ser o prato do dia às quintas-feiras, mas podemos encontrar também a dobradinha e a feijoada. “Comida de conforto” salienta o chef, acrescentando “hoje há pouco quem faça comida de tacho. Mas as pessoas continuam a procurar e a gostar deste tipo de comida que eu chamo de conforto. Sentar-se à mesa com comida bem portuguesa e um bom vinho, é o que eu chamo de estar em ‘Harmonia’.”

E, como o Chef defende que “a melhor ligação que podemos ter é entre o vinho e a comida”, para acompanhar a refeições, o Harmonia, tem uma vasta carta de vinhos de excelente qualidade. E para que o prato escolhido seja devidamente apreciado podemos contar com a ajuda de um escanção, que sugere o vinho adequado. “Todos me chamavam louco por querer este serviço no restaurante, mas a verdade é que Portugal tem bons vinhos e tem de haver quem saiba explicar e esclarecer as pessoas e saiba trabalhar o vinho”, refere Marco Costa.

Aqui, o vinho é uma peça fundamental da experiência vivida à mesa, ou não fosse todo o espaço pontuado por alusões ao vinho e à vinha, presentes na decoração das várias salas.

Na hora de sentar à mesa, é difícil escolher entre tantas ‘coisas boas’. Para entrada presunto pata negra cortado na hora ou uma tábua de queijos e enchidos, tempura de bochechas de bacalhau, o carpaccio de polvo, com vinagre de vinho, ou o delicioso pica-pau de atum.

Como pratos principais, destacamos os Legumes à Brás e Caril Vegetariano, dois pratos vegetarianos que constam da nova carta do Harmonia. Todos os produtos aqui servidos são de extrema qualidade, mas as carnes maturadas dão um brilho especial à carta. Com câmaras de maturação próprias, disponibilizam rib-eye, entrecôte, da vazia e tomahawk, ou as costeletas de borrego maturado. Os amantes de carne podem ainda optar por um renovado Bife à Harmonia, uma Tábua Ibérica (com secretos, plumas, lombo de porco preto e lagartos), ou as Espetadas.

Os apreciadores de peixe e mariscos podem deliciar-se com um Arroz de Mar, Espetada de Garoupa com Gambas ou com o Rissotto de Camarão Tigre.

E as sobremesas? Uma paleta de doces tradicionais que vão desde o Pudim Abade de Priscos, ao Cremoso Arroz-Doce, passando pela Aletria e pelas Farófias, sem falar no Leite Creme, de crosta crocante, queimado na hora.

Já no final da noite, quisemos saber, quem era o Marco Costa, o Chef que não teve problemas em se sentar connosco à mesa, conversar, falar dos seus projetos e rir…

“O Chef Marco acho que é a pessoa de sempre. Nascido e criado num bairro adoro lidar com pessoas, adoro falar com pessoas. Marco é um homem feliz. Posso dizer que sou um homem feliz, que já atingiu o que queria. Levanto-me todos os dias com vontade de vir trabalhar. Faço o que gosto.”

É notória a cumplicidade existente entre o Chef e todo o staff. De sorriso aberto e boa disposição, todos sabem o que têm a fazer dentro do Harmonia e onde se vê a harmonia reinante entre todos.

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