A Academia Time Out foi o palco escolhido para a apresentação da Rota do Azeite, uma nova experiência turística da Beira Baixa, que junta os municípios de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão.
A Rota do Azeite da Beira Baixa, sugere um roteiro de três dias, onde se dá a conhecer um azeite ímpar, alguns pratos tradicionais distintivos da região, os restaurantes onde podem ser degustados e, também, as inúmeras experiências turísticas existentes ligadas ao azeite.
Neste roteiro pela Beira Baixa, os visitantes são convidados a experienciar as várias fases diferenciadoras e genuínas que têm o azeite como fio condutor, desde a apanha da azeitona, seguindo até a um lagar tradicional ainda em laboração, a um passeio por paisagens que se prolongam até ao horizonte com oliveiras centenárias e milenares, a lagares que hoje são museus, acabando no arregaçar das mangas e fazer o próprio azeite.
De acordo com João Carvalhinho, secretário executivo da CIMBB, “O azeite da Beira Baixa é um fio dourado que une todo o território. É um produto endógeno singular que se vem distinguindo no panorama dos azeites nacionais e internacionais, com, inclusive, alguns prémios conquistados. Desta forma, fez-nos todo sentido, que este seja o mote escolhido para comunicar o território nesta altura do ano, em que o azeite é um dos destaques das mesas natalícias”, realçando a ligação do azeite à Beira Baixa. “De facto, no território, temos um número significativo de lagares de azeite e uma área de olivais que tem vindo a crescer, mantendo-se sempre um equilíbrio entre os olivais modernos e tradicionais. Além disso, temos, também, uma ligação cultural muito forte ao azeite, com mais de 2 mil anos”, sublinha.
As paisagens, o património e a história, os sabores de um azeite distintivo e único no mundo são, assim, as raízes desta Rota do Azeite, que traz uma mão cheia de experiências para viver e sentir. “Com estas propostas turísticas propomos aos visitantes que sigam num roteiro natural e patrimonial riquíssimo em que o azeite se cruza com outros ativos riquíssimos, tais como, o rio Tejo e Zêzere, as serras da Gardunha, Talhadas e Malcata, etc.”, avança o Secretário Executivo da Beira Baixa.
Comandados pelo chef Miguel Mesquita, os convidados (jornalistas especialistas e generalistas) meteram literalmente as mãos na massa e confecionaram os seus próprios pratos. A viagem gastronómica foi pelas memórias e sentidos, numa experiência gastronómica que iniciou com uma prova de azeites promovida pela APABI – Associação de Produtores de Azeite da Beira Interior e que contou com alguns dos pratos mais identitários da Beira Baixa, bem regados com azeite e com uma pitada de criatividade e inovação proporcionadas pelo chef Miguel Mesquita.
Na verdade, as ofertas gastronómicas da Beira Baixa foram o ponto de partida para contar histórias e partilhar com a comunicação social um conjunto de tradições genuínas. À mesa a Tiborna e a Lagarada avivaram os tempos de lavoura, em que os lagares se tornavam na segunda casa das pessoas. Eram tempos de trabalho, sim, mas também de encontro e convívio. Os trabalhadores juntavam-se e regavam o pão ou o bacalhau com o azeite acabado de fazer, ainda quente. Tradições, essas, que são, ainda hoje recriadas em inúmeros restaurantes da Beira Baixa e que, agora, estão reunidas numa única brochura.
Esta ação enquadra-se no Projeto Produtos Turísticos Integrados de Base Intermunicipal, desenvolvido pela Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, em parceria com o Turismo Centro de Portugal, cofinanciado pelo Centro 2020, Portugal 2020, e União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.