As paredes do LX Factory são uma galeria de arte urbana que representa e está aberta a todas as expressões artísticas e, por esse motivo, devem ser respeitadas e preservadas contra atos de vandalismo, como é o caso das tags.
Os ilustradores mostram a sua arte no papel, os pintores num quadro, os escultores no barro e na cerâmica, os artistas de graffiti nas paredes das ruas. Cada um tem a sua forma de mostrar a sua arte. Mas nem tudo pode ser uma tela.
Numa área industrial de um dos bairros mais típicos e antigos da capital renasce, em 2005, uma antiga fábrica como ilha criativa e de experiências, com o intuito de abraçar a cultura e a arte e, num conceito inovador, dar mais vida a Lisboa.
Esta, que antes teria sido, em 1846, a fábrica ocupada pela Companhia de Fiação e tecidos Lisbonense e, mais tarde, pelas empresas Companhia Industrial de Portugal e Colónias, Anuário Comercial de Portugal e Gráfica Mirandela, é agora palco de múltiplas experiências num ambiente descontraído.
Hoje, o LX Factory é um ponto de paragem obrigatório para turistas, artistas e críticos. Com diversas empresas, lojas, restaurantes e livrarias, inspirando e expirando arte: das galerias no interior às pinturas no exterior. A arte urbana é uma parte-chave, nesta fábrica de experiências – LX Factory, que ilustra algumas das paredes do exterior, com especial destaque para uma abelha gigante feita pelo artista Bordalo II.
Todavia, num sítio que vive, respeita, protege, partilha e dá lugar ao talento de tantos artistas, é importante saber quando é que a arte se torna degradação patrimonial e ambiental. As paredes do LX Factory são uma galeria de arte urbana que representa e está aberta a todas as expressões artísticas e, por esse motivo, devem ser respeitadas e preservadas contra atos de vandalismo, como é o caso das tags.
Confundidas com grafitti, este sim uma expressão artística, as tags são assinaturas que, na maioria das vezes, não aportam sentido ou significado. Muitas invadem muros, paredes, portas, monumentos e até mesmo obras de arte já existentes, desvalorizando o espaço público e a mensagem dos artistas.