António Zambujo: O Alentejo veio à Cidade e fez vibrar o Coliseu

António Zambujo, apresentou ontem, dia 3, no palco do Coliseu de Lisboa, o seu novo trabalho ‘Cidade’ escrito e composto por Miguel Araújo.

António Zambujo Cidade
António Zambujo: O Alentejo veio à Cidade e fez vibrar o Coliseu - ©Armando Saldanha (Aldrabiscas)

Simples e bonito são apenas alguns adjetivos que definem o concerto que António Zambujo, deu ontem, dia 3, no Coliseu, para apresentar ‘Cidade’, o décimo álbum do músico inteiramente escrito e composto por Miguel Araújo.

O primeiro de três concertos que António Zambujo, vai dar no Coliseu dos Recreios, começou apenas com o artista em palco a interpretar “Foi Deus”, fado imortalizado por Amália Rodrigues. De acordo com António Zambujo “foi assim que começou todo o processo”. Seguiu-se a entrada em palco de Bernardo Couto – guitarra portuguesa, Francisco Brito – contrabaixo, João Moreira – trompete e João Salcedo – piano.

Como já nos vem habituando, António Zambujo, mostra-se em palco com se estivesse na sala de sua casa. Uma interação fantástica com o público que não se faz rogado e com ele canta as suas canções, mesmo as mais recentes, ou até fados, como aconteceu com ‘Nem às paredes confesso’.

António Zambujo, foi intervalando temas de ‘Cidade’ como Lua, Sagitário, Uma Valsa Urgente, Dancemos um Slow, entre outras, com as conhecidíssimas Zorro, Visita de Estudo, Flagrante, ou Sinal da Cruz, uma homenagem ao cantor madeirense Max. A encerrar o espetáculo, o Pica do 7 foi o sucesso cantado por todos os que estavam na emblemática sala.

Para o encore, Zambujo, trouxe Lote B, Romance de Cordel e A Tua Frieza Gela, que incendiou ainda mais o Coliseu.

Cidade, inteiramente escrito e composto pelo amigo e companheiro de muitos palcos, Miguel Araújo, marca o regresso de António Zambujo aos discos de originais após o bem-sucedido Voz e Violão (2021).

Sob a ideia da “solidão urbana”, termo que Miguel Araújo, utilizou para descrever este trabalho, a “Romance de Cordel” ou “KO” invocam um cenário nostálgico e melancólico, que Zambujo interpreta com alma e emoção. Ontem, António Zambujo contou a história de “uma pessoa normal” na cidade. Há muita solidão nos temas de ‘Cidade’, mas também a doçura e a leveza da interpretação de Zambujo.

O público estava rendido à simplicidade do artista, um dos mais queridos e aplaudidos do panorama musical português. Momentos houve em que o silêncio imperava no Coliseu, para apenas se ouvir a voz de Zambujo.

No final o Coliseu explodiu em aplausos. Um concerto, simples, bonito e emotivo!

Hoje, António Zambujo sobe ao palco pela segunda vez, dando o último concerto em Lisboa, amanhã, segunda-feira. Dia 16 e 17 de fevereiro, o palco será o do Coliseu do Porto.

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