
O futsal português viveu o seu ponto alto esta tarde no Pavilhão João Rocha, onde Sporting e Benfica se defrontaram na final do playoff do Campeonato Nacional de Futsal. Numa partida eletrizante e cheia de reviravoltas, as “águias” levaram a melhor sobre os “leões” com um resultado final de 4-3, conquistando o tão desejado título.
O Sporting entrou mais ofensivo, com Alex Merlim a protagonizar a primeira finalização. Aos 3 minutos, a superioridade leonina materializou-se: Taynan (com a sua 11ª assistência na prova) serviu Zicky Té, que, de costas para a baliza, rodou sobre André Coelho e rematou forte para o primeiro golo do Sporting.
O Benfica tentou reagir de imediato. Léo Gugiel subiu na quadra e Arthur esteve perto de marcar. O guarda-redes do Sporting, Henrique, começou a brilhar, com grandes defesas a remates perigosos de Silvestre e, aos 7 minutos, a um cruzamento de Chishkala, mantendo a vantagem.
O Sporting manteve a pressão. Uma grande oportunidade surgiu quando o Benfica perdeu a bola, e Pauleta tentou surpreender Léo Gugiel, que defendeu. Contudo, aos 8 minutos, Alex Merlim ampliou para 2-0. No corredor esquerdo, o italiano superou Carlos Monteiro e finalizou com um grande golo.
Um momento de preocupação ocorreu quando o guarda-redes do Benfica, Léo Gugiel, necessitou de assistência após uma queda, sendo substituído por Daniel Osuji.
O Sporting esteve perto do terceiro golo aos 15 minutos, após um canto, mas André Coelho e Daniel Osuji impediram os remates de Tomás Paçó e Zicky.
A resposta encarnada surgiu aos 17 minutos: Chishkala repôs a bola, passou para Higor, que assistiu Diego Nunes para um grande remate que reduziu a desvantagem para 2-1, relançando o interesse no jogo. Em cima do intervalo, o Benfica ainda teve uma grande oportunidade de livre com André Coelho, mas Henrique fez mais uma defesa atenta, garantindo a vantagem mínima do Sporting ao intervalo desta final do Campeonato de Futsal.
A segunda parte arrancou com o Benfica a pressionar. Logo de um pontapé de canto, Chishkala rematou de longe, e Jacará fez um desvio de calcanhar, mas Henrique segurou a bola.
Aos 22 minutos, um momento crucial: Alex Merlim foi expulso após uma falta dura sobre André Coelho. Apesar dos protestos do Sporting e do pedido de revisão por alegada infração anterior, a decisão da equipa de arbitragem manteve-se.
O Benfica não desperdiçou a superioridade numérica e, aos 23 minutos, restabeleceu o empate! Arthur aproveitou para rematar cruzado e fazer o 2-2, colocando o Pavilhão João Rocha em ebulição.
Com o jogo novamente em aberto, as oportunidades multiplicaram-se. Aos 24 minutos, na sequência de um pontapé de linha lateral, Tomás Paçó rematou de primeira, mas Léo Gugiel brilhou com uma grande defesa. Logo a seguir, Taynan atirou ao poste num livre, com Léo Gugiel a parecer tocar na bola.
O Sporting continuou a criar perigo, com Zicky a rematar ao lado da baliza de Léo Gugiel num bom lance ofensivo. Do outro lado, Henrique voltou a fazer uma grande defesa a um remate forte do próprio Léo Gugiel, que subiu na quadra. A intensidade era máxima, com Tomás Paçó a criar a sensação de golo num remate acrobático que saiu à malha lateral, mantendo o dérbi em aberto.
Aos 31 minutos, Wesley esteve perto de devolver a vantagem ao Sporting com um remate que saiu ligeiramente ao lado. Logo depois, Léo Gugiel voltou a defender com atenção um remate de longe de Tomás Paçó.
Aos 32 minutos, o Benfica ameaçou, com Henrique a fazer uma defesa incompleta a um remate de Lúcio Rocha, mas Rúben Freire realizou um corte decisivo, impedindo que Diego Nunes conseguisse o desvio para golo.
Apesar da pressão encarnada, foi o Sporting quem voltou a marcar! Aos 33 minutos, Taynan devolveu a vantagem aos leões, fazendo o 3-2 e levando ao delírio os adeptos sportinguistas.
O Benfica, aos 35 minutos, teve mais uma ameaça, mas Léo Gugiel defendeu com atenção um remate perigoso de Tomás Paçó, que havia recuperado a bola e acelerado em direção à baliza.
Com o resultado em desvantagem, aos 36 minutos, o Benfica apostou no 5×4, com Diego Nunes a assumir a função de guarda-redes avançado, numa tentativa desesperada de chegar ao empate.
A estratégia do 5×4 do Benfica deu os seus frutos de forma espetacular. Aos 37 minutos, os encarnados aproveitaram a superioridade numérica para chegar ao empate! Após um cruzamento rasteiro de Lúcio Rocha pela esquerda, Henrique deixou a bola passar entre as pernas e Diego Nunes, o guarda-redes avançado, encostou para o fundo das redes, fazendo o 3-3 a apenas três minutos do fim do dérbi.
Mas a emoção não parou por aí. Num lance inacreditável aos 38 minutos, o Benfica consumou a reviravolta! Léo Gugiel, de muito longe, desferiu um remate potente que surpreendeu tudo e todos, fazendo o 3-4 e colocando o Benfica em vantagem quando faltava muito pouco para o apito final.
Com os nervos à flor da pele no João Rocha, o Sporting apostou também no guarda-redes avançado. Taynan ainda desperdiçou uma grande oportunidade para marcar, com Léo Gugiel a realizar mais uma defesa crucial.
O árbitro apitou para o final da partida, e a festa rebentou entre os adeptos encarnados! Numa final eletrizante e cheia de reviravoltas, o Benfica é o novo campeão nacional de futsal, quebrando a hegemonia do Sporting e regressando ao trono que não ocupava desde 2019.