Penamacor é finalista às “7 Maravilhas da Cultura Popular”

O Madeiro de Penamacor, considerado o maior do país, é uma grande fogueira que se acende no adro da igreja Matriz no Natal, na noite de 23 de dezembro, para, segundo rezam as lendas, aquecer o Menino Jesus até à noite de Reis.

A tradição do Madeiro em Penamacor

Manda a tradição, que os jovens em idade de cumprir o serviço militar, na noite de 7 para 8 de dezembro, se reúnam com os amigos, (muitos deles vindos de fora) e com a população de Penamacor, para cortarem os sobreiros que serão transportados no dia seguinte para o adro da Igreja.

Nessa noite, acontece o primeiro grande momento da saga do Madeiro. Depois do abate das arvores, todos os participantes se reúnem em redor de uma generosa fogueira, para ao som das concertinas, festejar o corte do Madeiro.

No dia seguinte (8 de dezembro), o Madeiro, em desfile, é transportado para o Adro da Igreja Matriz, onde fica empilhado, até à noite de 23 de dezembro, noite em que  toda a população residente e também os que já saíram, mas que voltam nesta data, se reúnem em festa, para assistir ao atear do Madeiro que irá “aquecer o Menino Jesus” até à noite de Reis.

7 Maravilhas da Cultura Popular

As “7 Maravilhas da Cultura Popular” são já a 9.ª edição das Maravilhas de Portugal.

Para esta edição, foram recebidas ao todo 504 candidaturas, que foram avaliadas pelo Conselho Científico, composto por sete elementos de cada um dos 18 distritos e dois das regiões autónomas.

Das 504 candidaturas, foram nomeadas 471 para concorrer, tendo sido dados a conhecer ontem, 6 de junho, os resultados da avaliação pelo painel de especialistas, que elegeu sete patrimónios de cada região, o que corresponde a um total de 140 finalistas — que irão participar nas respetivas eliminatórias regionais, a 4.ª fase do concurso.

Dentro do tema da cultura popular, existem sete categorias — “Artesanato”, “Lendas e Mitos”, “Festas e Feiras”, “Músicas e Danças”, “Rituais e Costumes”, “Procissões e Romarias”, e, por fim, “Artefactos”—, onde o que se procura avaliar é o valor de “cada manifestação cultural, enquanto afirmação distintiva do seu território”.

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