Em tempo de Pandemia, mas cumprindo a tradição e fazendo o seu habitual percurso, o madeiro entrou na “Vila Madeiro” e foi depositado no adro da Igreja Matriz de Penamacor.
O cortejo do transporte do madeiro até à vila, que normalmente é composto por dezenas de tratores e reboques, contou hoje apenas com quatro reboques. A população que espontaneamente sai à rua para o acompanhar, desta vez ficou em casa, espreitando pela janela.
Contudo este ano, devido aos constrangimentos gerados pela Pandemia, Penamacor “Vila Madeiro”, a par da tradição do madeiro, celebra a quadra natalícia com várias iniciativas, mas vividas de forma diferente.
Mas a tradição é para manter e assim foi garantido um programa alternativo, para assegurar a continuidade desta festa tão tradicional, que habitualmente, traz tantos penamacorenses, à sua terra natal.
Sessões de live cooking “Doces de Natal: sonhos e “Doces de Natal: coscorões com o Chef Valdir Lubave, e o 4.º Encontro de Cantares ao Menino, com os grupos “Modas Antigas” e “Antiqua Trio”, são algumas das iniciativas que se poderão assistir online.
O programa das festividades, poderá contar com outros eventos a divulgar até porque Penamacor a partir das 00h00 de dia 9 de dezembro, é considerado Concelho de Risco Elevado.
Sobre o Madeiro
O MADEIRO, designação que aqui assume a fogueira do Menino Jesus, é tradição forte em terras de Penamacor.
Todos os anos, com o aproximar do Natal, por todas as freguesias do concelho, os jovens em idade de cumprir o serviço militar unem-se para cortar e transportar os troncos que alimentarão a fogueira para aquecer o Menino Jesus. O grande monte de madeira, depositado no adro da igreja, é ateado ao cair da noite do dia 24, à excepção de Penamacor, que arde de 23 para 24, e mantendo-se aceso durante vários dias. Depois da ceia de Natal, a população reúne-se em redor da fogueira, num gesto ritual de fraterno encontro.
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