Equipa da APD Braga foi a vencedora do XX Torneio Internacional de Basquetebol em Cadeira de Rodas

A equipa da APD Braga foi a vencedora do XX Torneio Internacional de Basquetebol em Cadeira de Rodas, organizado este fim de semana pela Associação Portuguesa de Deficientes, em Lisboa.

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Torneio Internacional de Basquetebol em Cadeira de Rodas
Equipa da APD Braga foi a vencedora do XX Torneio Internacional de Basquetebol em Cadeira de Rodas - ©Armando Saldanha (Aldrabiscas)

Organizado pela Associação Portuguesa de Deficientes, decorreu este fim de semana (9 e 10) no Pavilhão Municipal das Olaias-Casal Vistoso, em Lisboa, o XX Torneio Internacional de Basquetebol em Cadeira de Rodas. A equipa da APD de Braga foi a vencedor deste XX torneio que contou ainda com 4 equipas nacionais – APD Lisboa (campeã nacional) APD Braga, APD Sintra e G.D. Alcoitão.

Foi no ano de 2000, que a APD realizou o 1º Torneio Internacional de Basquetebol em Cadeira de Rodas, com o objetivo, de elevar o nível do basquetebol em cadeira de rodas no nosso país. Esse objetivo mantém-se inalterado até aos dias de hoje, mais uma vez demonstrado com a realização deste XX Torneio.

A Associação Portuguesa de Deficientes (Organização Não Governamental, fundada em 1972, agraciada com o Prémio Direitos Humanos 2009 e com o título de Membro-Honorário da Ordem do Mérito da República Portuguesa em 2014) espera que este Torneio «venha, mais uma vez, a constituir um acontecimento desportivo e uma forma de sensibilizar a população para as potencialidades do desporto praticado pelas pessoas com deficiência».

Inscrita no programa desportivo dos Jogos Paralímpicos desde a sua primeira edição, em Roma 1960, o basquete em cadeira de rodas foi inicialmente praticado por soldados norte-americanos que perderam parte da capacidade motora devido aos graves ferimentos causados durante as batalhas na Segunda Guerra Mundial e que usavam o desporto como reabilitação.

A modalidade pode ser praticada por pessoas de todos os géneros, com comprometimento das funções motoras, nomeadamente ao nível dos membros inferiores, lesão medular, amputação, sequela de poliomielite e outras disfunções que o impeçam de correr, saltar e pular como um indivíduo sem lesões.

Tal como no Basquetebol formal, é jogado por duas equipas de cinco jogadores cada, aplicando-se as regras da Federação Internacional de Basquetebol, conjugadas com as adaptações previstas pela Federação Internacional de Basquetebol em Cadeira de Rodas.

Como nos explicou Luis Oliveira da Direção Nacional da APD, as equipas estão sujeitas a um sistema de classificação desportiva, já que os atletas diferem entre si consoante o grau de deficiência.

Assim foi criado um sistema de pontos que avalia a funcionalidade do jogador em campo. Este sistema tem como objetivo dar mais oportunidade de prática aos jogadores com menos funcionalidade.

As classes são: 0,5, 1.0, 1.5, 2.0, 2.5, 3.0, 3.5, 4.0, 4.5.

A cada jogador é atribuído um valor de acordo com a funcionalidade de volume de ação nos diversos aspetos do jogo. Aos jogadores com menor funcionalidade são atribuídas pontuações mais baixas. A soma dos pontos dos cinco elementos de uma equipa em campo não pode ultrapassar os 14 pontos, para que haja igualdade entre as equipas.

Luis Oliveira referiu ainda que “De acordo com as regras do basquete em cadeira de rodas, um jogador deve efetuar um arremesso, passar ou jogar a bola, a cada dois impulsos dados na cadeira. Por outro lado, coisas como o tempo de jogo (quatro quartos de 10 minutos), tamanho da quadra (28m de comprimento por 15m de largura), altura do cesto (3,05m) e número de atletas em quadra, por time (5), seguem o padrão do basquetebol olímpico” 

aNOTÍCIA.pt