Monolugares de Fórmula 1 fizeram sonhar no Autódromo do Estoril

No Autódromo do Estoril a Classic GP- Pré 1986 fez reviver as épocas em que aqueles monolugares de Fórmula 1 militavam no Campeonato do Mundo

Monolugares de Fórmula 1 no Autódromo do Estoril
Monolugares de Fórmula 1 fizeram sonhar no Autódromo do Estoril - ©Cristina Pechirra

Os apaixonantes monolugares de Fórmula 1 que marcaram a história da modalidade ao longo de várias gerações, centraram atenções no Estoril Classics 2021, no Autódromo do Estoril. Modelo históricos, pilotados outrora por grandes campeões, como Nigel Mansell, James Hunt ou Keke Rosberg mostraram no Autódromo do Estoril que o tempo só os engrandece. São máquinas com decorações emblemáticas da época, potentes motores com mais de 500cv e uma sonoridade invejável que continuam a marcar e a fazer vibrar os apaixonados adeptos do desporto automóvel.

Numa grelha preenchida com modelos distintos, como o Lotus 91, Williams FW08C, Mclaren M24, Surtees TS16, March 811 ou Ligier JS11/15-04, e de diferentes anos – 1971 a 1983 -, a emoção dos Classic GP (Pre-1986) estava garantida.

Depois da fantástica corrida de ontem, onde o Mclaren M24 do britânico Michael Lyons cruzou a linha de meta em primeiro lugar, hoje a pulsação voltou a subir, com a decisiva corrida do fim de semana.

Ao sinal verde os belíssimos Monolugares de Fórmula 1 deram início a uma corrida espetacular no Autódromo do Estoril. Partindo da frente, Steve Brooks impôs um andamento forte desde início, permitindo ao seu Lotus 91, um modelo que conheceu maior sucesso pelas mãos de Nigel Mansell, ganhar alguma vantagem. No segundo posto, Mark Hazell colocava um dos modelos construídos por Frank Williams, neste caso o Williams FW08C.

A atenção do público centrou-se na luta pelo terceiro lugar, com uma disputa entre o Ligier JS11/15-04 do Francês Mister John of B e o Surtees TS16 do Belga Marc Devis, uma réplica do grande duelo protagonizado pelos mesmos pilotos no sábado. Modelos de potências e características diferentes que seguiram colados durante grande parte da prova, levando ao limite as mecânicas dos seus carros e fazendo recordar as épocas em que militavam no Campeonato do Mundo de Fórmula 1. Até que o azar bateu à porta do piloto belga que por problemas mecânicos foi obrigado a encostar o seu Surtees.

Com vários monolugares históricos em pista, como o Surtees TS16 que outrora foi pilotado por José Carlos Pace e Derek Bell, nos anos 70, o Matra MS120 utilizado também na década de setenta, ou o Trojan T103, único exemplar existente com que o Tim Schenten disputou oito Grandes Prémios no mundial de F1 de 1974, reviveram-se grandes tempos da competição automóvel. No final a classificação não sofreu mais modificações onde a luta pelo terceiro lugar e sobretudo a sonoridade de cada máquina foram os maiores motivos de atração.

O Estoril Classics 2021 foi um fim de semana em que os fantásticos Fórmula 1 das décadas de 70 e 80 regressaram ao Circuito do Estoril para deleite de todos os que assistiram em direto ao Live Stream das corridas e às entrevistas com os principais protagonistas.

Um evento que deixa Diogo Ferrão, responsável da Race Ready, muito satisfeito: “Conseguir trazer fantásticos 14 F1 ao nosso país, num ano difícil onde as viagens internacionais são complicadas é uma vitória. Foi um enorme desafio, mas o balanço é extremamente positivo. Tivemos excelentes corridas e demos a possibilidade ao público de assistir à distância de toque. Foi uma iniciativa de muito sucesso e que esperamos repetir. Para o ano sem pandemia e sem limitações de publico…. Esperamos conseguir fazer ainda melhor!”

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