5km de “EDP Lisboa a Mulher e a Vida” correm-se a 15 de Maio


“Correr, Marchar ou Caminhar por uma Causa” é o lema da 11ª edição da Corrida da Mulher EDP Lisboa, a Mulher e a Vida e que tem como objetivo a angariação de fundos para a compra de aparelhos de rastreio do cancro da mama.

Carlos Móia, presidente do Maratona Clube de Portugal, disse, na conferência de imprensa de apresentação da prova que se realiza no próximo domingo, dia 15, que esta é “muito mais do que uma história desportiva, é uma história de solidariedade para com as instituições e milhares de utentes que podemos ajudar”, sendo também “um ato de cidadania e uma chamada de atenção para uma das doenças mais covardes e silenciosas que existe”.

O empresário e dirigente desportivo revelou que, até à data, já foram angariados 650.000 euros, tratando-se de “uma grande ajuda para todas as instituições”, mas que “devemos estar sempre inconformados com o que já fizemos e preocupados com o que ainda podemos fazer” porque é “um gesto muito pequeno que contribui para uma causa maior”.

Rita Teles Branco, da Liga Portuguesa contra o Cancro (LPCC), e Ana Sofia Vinhas, diretora de Marca do Grupo EDP, afirmaram que não se trata de “uma doença dos outros, é uma doença nossa”, e que “é um problema da sociedade e não apenas das mulheres”, sendo imprescindível o “apoio da comunidade para que se consiga prosseguir com os objetivos”.

O presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Jorge Vieira, recordou que “desde a minha infância me lembro de ver pessoas com aquela latinha a pedir dinheiro para combater esta doença”, enquanto defendia que a prova é “uma marcha, uma corrida contra o medo” e que “a mulher helicóptero, aquela que circula por todo o lado numa variação de geometria de voo e demonstra capacidade de agregar vontades” deve “desinibir-se para correr e para realizar o rastreio”.

As atrizes Paula Marcelo e Adelaide de Sousa são algumas das figuras públicas que ajudam a promover o evento e referem que a “prevenção é uma mais valia” e que o “medo é o grande impeditivo para a realização do rastreio”.

Adelaide de Sousa esclareceu que “o diagnóstico precoce é uma das causas principais para o cancro da mama ter uma taxa de sobrevivência aos 5 anos de 80%”, pelo que é necessário “trazer o assunto à conversa, desdramatizar, tirar o peso de morte que a palavra cancro ainda tem para as pessoas”.

“Fazer isto é como fazer um check-up a qualquer parte do nosso corpo”, continuou a também apresentadora, “e temos que aproveitar uma coisa fantástica que é o nosso Serviço Nacional de Saúde (SNS) ainda cobrir estes custos, pois vivi anos num país em que isto é um privilégio só de alguns”, concluindo que “a saúde é um pilar fundamental da felicidade das pessoas, por isso temos que cuidar disso e valorizar”.

As inscrições na corrida decorrem até 13 de Maio e têm o custo de 13 euros, sendo que as mulheres a quem tenha sido diagnosticado qualquer tipo de doença oncológica ficam isentas do pagamento.