Criação de 20 mil novos empregos é o esperado pelo governo com a expansão da Portela para o Montijo.


António Costa considera que basta de estudos sobre a localização do novo aeroporto enquanto Pedro Marques sublinha que o Montijo é “uma solução sólida”.

“Esta expansão aeroportuária impulsionará a riqueza e o emprego, estimando-se que possa gerar a longo prazo cerca de 20 mil postos de trabalho diretos e indiretos apenas no setor aeroportuário”, palavras de Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas, ontem, na cerimónia de assinatura do memorando de entendimento entre o Estado e a ANA – Aeroportos de Portugal para a expansão do aeroporto Humberto Delgado.

Segundo Pedro Marques, a utilização do Montijo como aeroporto complementar à Portela, a partir de 2021, “é uma solução sólida” e “financeiramente comportável para o Estado” dado estar em causa um investimento de cerca de trezentos milhões de euros os quais serão financiados por taxas aeroportuárias.

Por seu turno o primeiro-ministro, António Costa, lembrou que “por força das circunstâncias”, já passou “boas centenas de horas, para não dizer milhares de horas” a ler estudos, sobre este tema, “que já demonstraram tudo e o seu contrário”. Esta é a decisão mais “compatível com as soluções económicas e financeiras do país” sendo a “que apresenta maior viabilidade” dado potenciar  uma “maximização de oportunidades para o desenvolvimento harmonioso do conjunto da área metropolitana e do conjunto dos concelhos da península de Setúbal”.

Tendo o Montijo como aeroporto complementar será duplicada a capacidade de transporte aéreo na região de lisboa, passando a ser possível a descolagem e aterragem de setenta e dois aviões por hora, procedendo-se ao transporte de cinquenta milhões de passageiros por ano.

Recorde-se que em 2016 o tráfego nos aeroportos portugueses cresceu 14,2%, sendo o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, o que processou o maior número de passageiros, tendo atingido os 22,4 milhões, a que equivale um crescimento de 11,7% face a 2015.

Até novembro, terão de estar concluídos os estudos que irão ser completados quanto à necessidade de garantir o uso militar e civil no Montijo, à análise dos impactos ambientais e à identificação das necessárias acessibilidades para garantir a correta integração da infraestrutura.  Na primeira metade de 2018 serão concluídas a avaliação ambiental e a negociação contratual com a ANA, passando a ser desenvolvidos, conforme referiu Pedro Marques, os “projetos de detalhe, para que, caso o Governo aprove a proposta final do concessionário, a construção do aeroporto no Montijo possa iniciar-se em 2019 e terminar em 2021”.