Serpa – “Camino Real” em cena no Largo dos Condes de Ficalho

Nos próximos dias 21, 22 e 23 de setembro, o Largo dos Condes de Ficalho será palco do espetáculo de teatro de rua “Camino Real”, de Tennessee Williams. Uma produção da companhia de teatro Baal17, em conjunto com a Oficina de Teatro de Serpa (grupo amador tutorado pela Baal17) e a comunidade local. A Câmara Municipal de Serpa apoia este evento.

Serpa
“Camino Real” - Cartaz - ®DR

 

Com início marcado para as 21.30 horas, este espetáculo será a terceira abordagem à obra e o culminar de um projeto que junta em palco cerca de 100 atores profissionais e amadores, grande parte oriunda do movimento associativo local, músicos, desportistas, cantadores, novos e velhos, gente que nunca fez teatro na vida e gente que há muito tempo não o experimentava.

Recordamos que o projeto “Camino Real” teve início em janeiro deste ano e já teve duas abordagens. A primeira, I – A Descoberta, teve apresentação no Cineteatro Municipal de Serpa, a 16 de junho. Numa primeira aproximação à obra juntaram-se em palco 40 atores na Descoberta daquele que é considerado o texto maldito de um dos mais admiráveis dramaturgos do século XX. Na segunda fase, II – A Inquietação, com apresentação na 19.ª Noites Na Nora, a equipa aprofundou personagens e relações.

Agora, no espetáculo que será apresentado, III – A Celebração, “Camino Real” materializa a imponência imaginada por Tennessee Williams e transforma o Largo dos Condes de Ficalho, em Serpa, na cidade muralhada que “é o fim do Camino Real e o princípio do Camino Real”. Um beco sem saída rodeado pelo deserto de onde, ocasionalmente, se poderá escapar para o mundo exterior. Segundo o autor Tennessee Williams: “nada mais que a minha conceção do mundo e dos tempos em que vivemos”.

 

Sinopse
O Camino Real é um estado policial, um pesadelo que inventámos à nossa medida e de onde não poderemos escapar.
Personagens da história e da literatura – Dom Quixote, Casanova, a Dama das Camélias, Lord Byron e outras – habitam um lugar onde a corrupção, a inércia, a indiferença e a ganância paralisaram qualquer um que tentasse escapar. Dividem-se entre dois hotéis, separados por uma praça que no seu centro tem uma fonte seca.
Chega, e era esperado, Kilroy – um jovem com “um coração tão grande quanto a cabeça de um bebé. Um coração de ouro puro”.
Kilroy é roubado, enganado, quase desiste…
Poderão as violetas quebrar as rochas?

 

Fonte: CMS