Ara Malikian, o extravagante violinista libanês, volta a conquistar o Salão Preto e Prata

Em 2018 conquistou o público português. Regressou e com ele trouxe o violino, instrumento de que é um virtuoso. Enérgico e com grande sentido de humor, a Royal Garage World Tour é a sua homenagem às bandas de garagem.

Casino Estoril, Salão Preto e Prata
Ara Malikian volta a conquistar o Salão Preto e Prata - ©Aldrabiscas

Ara Malikian, com as suas tatuagens, cabelo comprido e trajes de astro de rock,  voltou ao palco do Salão Preto e Prata do Casino do Estoril, para apresentar ROYAL GARAGE WORLD TOUR, o seu mais recente projeto, de homenagem às bandas de garagem, com as quais, diz, muito aprendeu muito sobre música e sonoridades diversas

Personagem carismática e inspiradora, Ara, considerado um dos maiores violinistas contemporâneo, começou o espetáculo por explicar o título deste seu novo projeto.  Aos 10 anos, durante a guerra do Líbano, incentivado pelo pai, começou a explorar a essência dos sons das garagens, onde a maioria das bandas encontrava palco. Mais tarde, o artista descobriu-lhes um encanto e sons característicos, assumindo-as como “espaços de cultura, partilha musical e lugares de criação artística”.

E durante cerca de duas horas, Ara Malikian, foi-nos contando, entre cada tema (sempre num português, espanholado), histórias peculiares e divertidas que lhe foram acontecendo durante as suas viagens pelo mundo, arrancando sonoras gargalhada ao público presente na sala.

Entre outros escutamos temas de Tchaikovsky, de Bjork e até dos Guns and Roses.

Ara esteve em palco de forma excecional, tanto na forma de trajar como na arte de tocar o violino em constante deslocação, consoante a música que tocava. Ora rápida e vibrante, ora calma e languida.

O violinista libanês foi acompanhado por, Jorge Guillen (Violino), Nantha Kumar e Hector El Turco, na Percussão, Tania Abad (Contrabaixo), Humberto Armas (Violino), Cristina Lopes (Violoncelo) e Tony Carmona Vives (Guitarra), que conjuntamente com Ara, encantaram e surpreenderam o público.

Público, esse que à semelhança do que aconteceu em 2018, aplaudiu de pé, este concerto, que ficará certamente na memória de todos.