Festa da Marioneta Luso-Galaica anima Caminha nos dias 7 e 8 de dezembro

Caminha é a capital da marioneta nos dias 7 e 8 de dezembro com a promoção de mais uma edição da Festa da Marioneta Luso-Galaica – Maluga- e que este ano traz muitas novidades. Oficinas divertidas, animação de rua e vários espetáculos com destaque para o reportório do teatro tradicional de fantoches português, o Dom Roberto, vão dar o mote a esta 5ª edição. Pela primeira vez, o Maluga vai chegar a Vila Praia de Âncora já em janeiro de 2020, com vários espetáculos dirigidos para a comunidade escolar.

Caminha
Festa da Marioneta Luso-Galaica em Caminha - ®DR

 

O festival da marioneta é promovido pela companhia de teatro Krisálida e resulta de uma parceria com a Câmara Municipal de Caminha, reunindo companhias de marionetas de Portugal e da Galiza (Espanha), entre espetáculos em sala e na rua, mas também com oficinas de construção de marionetas para crianças a partir dos 4 anos.

De acordo com Carla Magalhães, diretora artística da Krisálida, “o festival não para de crescer e na edição deste ano apostamos na forma popular portuguesa do teatro de marionetas de luva em Portugal, o Teatro Dom Roberto, uma relíquia da cultura popular nacional. Vamos ter dois espetáculos deste género, pela companhia MãoZorra através do fantocheiro/roberteiro João Costa, recuperado de mestres que o faziam de forma bastante intensiva em Portugal até aos finais da década de 1960, além de uma nova peça que este artista criou dentro da matriz deste teatro”.

Como já referimos, esta edição conta com um programa aliciante e vai levar a marioneta, pela primeira vez, a Vila Praia de Âncora. São muitos os espetáculos a que poderemos assistir nos dias 7 e 8 de dezembro.

O dia 7, começa com o espetáculo “A girafa que comia estrelas”, protagonizado pelo Movimento InCriativo, de Arcos de Valdevez, no Valadares, Teatro Municipal de Caminha, pelas 11H00. Trata-se de uma adaptação do conto homónimo de José Eduardo Agualusa.

Da parte da tarde, pelas 15H30, a Praça do Conselheiro Silva Torres é palco do Teatro D. Roberto “O Caçador”, encenado por MãoZorra – Teatro de Marionetas. O Teatro Dom Roberto é um género popular de teatro de marionetas português em que todas as personagens falam com “voz de palheta”, levando a que o vocabulário se baseie em palavra e onomatopeias em que a letra ‘R’ é predominante. Este género terá chegado a Portugal no século XVII, através de marionetistas italianos e franceses.

O primeiro dia do festival termina no Valadares com a exibição da peça “Auga que non vas beber”, pela companhia galega Fantoches Baj. É uma comédia musical para marionetas com canções populares e da memória coletiva na península ibérica, como “A Saia da Carolina” ou “O sermão do padre Damião”.

No domingo, dia 8, decorrerão as oficinas divertidas com a construção de marionetas de mesa por crianças, projeto denominado “Quem é quem?” e que é conduzido pela companhia Historioscópio, do Porto. As crianças terão a oportunidade de dar corpo às personagens da sua imaginação, construindo-as e dando-lhes vida, além de criar as suas próprias histórias. As oficinas decorrerão nos Paços do Concelho a partir das 10H00.

Pelas 15H30, o Teatro Dom Roberto está de regresso à Praça Conselheiro Silva Torres, com a história “O Barbeiro”, em que Roberto, o protagonista destas histórias, vive uma aventura no dia do seu casamento com a polícia e o diabo à mistura. De seguida é apresentada a história “A Tourada”, retratando uma verdadeira tourada à portuguesa, mas com um touro que é doce e que gosta de festinhas.

Esta edição termina no Valadares, pelas 17H00, com o espetáculo “João Pateta”, pela companhia Historioscópio – Teatro de Marionetas. A partir dos Contos para a Infância de Guerra Junqueiro, “João pateta” aborda o imaginário das histórias tradicionais do meio rural, contadas e recontadas oralmente de geração em geração. A peça tem a particularidade de ser acompanhada por música ao vivo, com uma banda sonora original ao estilo dos ‘blues’.

Este projeto é apoiado pela dgArtes – Direção Geral das Artes.

 

 

 

Fonte: CMC