“Vamos vencer, mas por favor fiquem em casa” diz Salvador Malheiro, Presidente do Município de Ovar

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, detetado em dezembro 2019 na província de Hubei já infetou já mais de 290.000 pessoas em todo o mundo.

Portugal encontra-se desde as 00h00 de quinta-feira em estado de emergência e assim se manterá até às 23h59 do dia 02 de abril, o que prevê a possibilidade de confinamento obrigatório dos cidadãos em casa, como restrições à circulação na via pública – cujo incumprimento incorre em crime de desobediência.

Salvador Malheiro, presidente da Câmara Municipal de Ovar, foi dos primeiros a assumir que a situação no concelho era deveras complicada e também a implementar medidas drásticas para contenção do novo coronavírus.

A autarquia de Ovar, com uma população superior a 50 mil pessoas, encontra-se em quarentena geográfica desde a passada terça-feira (17), uma vez que contabiliza dezenas de pessoas infetadas com a Covid-19.

Foi ainda implementado no dia 19 um posto de triagem de COVID19, que como Salvador Malheiro refere “é fazer o máximo número de testes, o mais rapidamente possível. Temos que testar, testar, testar, testar. Mas as pessoas não poderão fazer o teste de sua livre e espontânea vontade. Tem que existir sempre uma referenciação prévia da autoridade de saúde” . Nesse contexto, continua o presidente do município “no nosso “hospital de campanha” em Ovar já recolhemos esta tarde 15 amostras (a 15 suspeitos) que já se encontram na Guarda para análise. Amanhã, pela manhã, iremos recolher mais 25 que serão encaminhadas para o Porto para análise”

Para além deste posto de triagem, entrou hoje, segunda-feira (23) em funcionamento, no centro de saúde local, uma consulta específica destinada apenas e só a consultas no âmbito desta pandemia.

Com o aumento de infetados, também a Pousada da Juventude de Ovar vai ser usada no imediato como Centro de Vigilância Ativa, para monitorização e vigilância de infetados CoVid-19 do município, já sujeitos a triagem, mas que não requerem internamento hospitalar.

Continuando a apelar ao “máximo espírito de cidadania” entre a comunidade, Salvador Malheiro reconhece que o momento é “crítico”, mas afirma que “Temos que continuar a ser fortes, corajosos, determinados, e a cumprir as regras, porque assim vamos conseguir sair desta crise se calhar até antes dos outros. A nossa estratégia tem sido de antecipação e não de reação”.