Serralves leva obras de Helena Almeida ao Museu da Guarda

A exposição “Habitar a Obra” de Helena Almeida, com curadoria de Marta Moreira de Almeida irá estar no Museu Municipal da Guarda até 24 de janeiro

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Serralves leva obras de Helena Almeida ao Museu da Guarda - ®DR

A exposição, HELENA ALMEIDA: HABITAR A OBRA, será inaugurada no Museu Municipal da Guarda, no âmbito do acordo de integração do Município da Guarda como Fundador de Serralves.

HELENA ALMEIDA: HABITAR A OBRA, é uma exposição, que conta com curadoria de Marta Moreira de Almeida, e é uma forma de refletir sobre a importância e singularidade da sua obra, para além de homenagear a autora.

Dedicada a Helena Almeida (1934-2018), a exposição centra-se na importância do corpo na sua obra. As “pinturas habitadas” e as séries fotográficas em que a artista usa o seu corpo e presença são núcleos importantes.

A inauguração contará com as presenças de Ana Pinho, Presidente da Fundação de Serralves, da curadora e Diretora Adjunta do Museu de Serralves, Marta Moreira de Almeida, sendo a cerimónia presidida pela Presidente do Município da Guarda, Carlos Chaves Monteiro.

A iniciativa de levar Helena Almeida ao Museu da Guarda integra-se num programa de exposições e apresentação de obras da Coleção de Serralves especificamente selecionadas para os locais de exposição com o objetivo de tornar este acervo acessível a públicos diversificados de todas as regiões do país.

O programa de itinerâncias percorre o país, apresentando diferentes exposições e obras em mais de 30 locais e municípios, cumprindo assim a Fundação de Serralves a sua missão de serviço público, ao promover o alargamento da rede de acesso e de aproximação das populações à arte e à cultura.

Helena Almeida (Lisboa, 1934–2018) produziu desde a década de 1960 uma obra singular caracterizada por um marcado interesse pelo corpo, o seu lugar central — que regista, ocupa e define o espaço — e o seu encontro performativo com o mundo.

As primeiras telas abstratas da artista abordavam de forma crítica os limites do espaço pictórico e as condições literais da pintura. Esse interesse estendeu-se nos anos 1970 à fotografia, onde o inconfundível espaço do ateliê da artista e o corpo feminino, fragmentado ou parcialmente obscurecido, se tornaram presenças recorrentes.

A artista delineia meticulosamente uma coreografia na composição das suas obras em estudos e desenhos preparatórios que evidenciam a sua utilização da cor e do corpo, de que é exemplo a obra Sem Título (1994-95), especificamente produzida para a exposição da artista na Casa de Serralves, em 1995.

Concebida em diálogo com os espaços que ocupa e com a função particular do edifício, esta exposição apresenta trabalhos da autora, cuja apresentação é muito adequada ao Museu Municipal da Guarda, espaço que bem simboliza a relação dos cidadãos da Guarda com a cultura.

 

aNOTÍCIA.pt