Octávio Pinho (SLAP) : trinta anos dedicados ao Graffiti.

Octávio Pinho (SLAP) foi um dos primeiros artistas que apareceu no início da década de 90. Trinta anos depois espalhou a sua arte pelas principais cidades do mundo e continua ativo, representado uma das vertentes da cultura Hip Hop – o Graffiti.

Octávio Pinho ou SLAP
Octávio Pinho (SLAP) : trinta anos dedicados ao Graffiti - ©Bruno Taveira

Com apenas 12 anos, Octávio Pinho (SLAP) demonstrava um dom para o desenho, com enfoque em letras que fazia com regularidade para trabalhos na escola. Foi através das revistas dedicadas ao skate, que se depara com graffitis pintados em rampas, “disse para mim, consigo fazer também e melhor…”, comprou umas latas de spay, e não foram necessários muitos meses, para apurar a técnica e começar a realizar alguns trabalhos de decoração de interiores em bares, discotecas, estúdios de músicas, quartos de amigos entre outros locais. Aos 16 anos deixa Espinho (de onde é natural) e ruma até Lisboa e mais tarde para Cascais (onde reside).

Conhece outros artistas e formaram os SKTR, um grupo de writters (artistas de graffiti) mais antigo do país. Desde aí nunca mais parou, passado 30 anos Octávio Pinho ou SLAP (pseudónimo), esteve envolvido em diversos projetos, que ‘lhe abriram portas’ para pintar nas principais cidades do mundo e participar em diversos eventos dedicados ao graffiti.

Além da pintura Octávio Pinho, foi durante cinco anos Presidente da Associação Portuguesa de Arte Urbana (APAURB). Fundada com outros artistas, com o objetivo de “haver uma representação legal para os artistas de arte urbana e também para mostrar diversos projetos coletivos”, afirma.

Mais tarde cria uma plataforma designada por Urban Art, que pretendia “levar a arte urbana para dentro da casa das pessoas e ser uma plataforma agregadora de talentos, onde os artistas divulgassem os seus trabalhos, para que as pessoas os pudessem contactar, e os artistas trabalhassem de uma forma legal, porque não há ninguém a trabalhar neste meio com contratos ou seguros”, refere.

Atualmente o artista está a desenvolver um trabalho de grandes dimensões na Ribeira da Vinhas em Cascais, com o tema dos descobrimentos, “achei que devíamos pintar o tema dos descobrimentos, colocando aqui diversos elementos e informação histórica, de uma forma nunca antes feita, numa parede com graffiti”. Igualmente o artista tem em curso uma pintura no Estádio Coimbra da Mota, no Estoril

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