“O Esplendor”, exposição de Gérard Fromanger, a partir de hoje no Museu Coleção Berardo

A exposição de Gérard Fromanger, “O Esplendor”, patente ao publico a partir de hoje dia 16, no Museu Coleção Berardo, realiza-se no âmbito da Temporada Portugal - França 2022 e inclui cerca de 60 obras deste artista.

O Esplendor de Gérard Fromanger
“O Esplendor”, exposição de Gérard Fromanger, a partir de hoje no Museu Coleção Berardo - ©Armando Saldanha (Aldrabiscas)

“O Esplendor”, exposição de Gérard Fromanger, realiza-se no âmbito da Temporada Portugal – França 2022 e inclui cerca de 60 obras das suas diferentes séries, que nos permitem ter uma noção bastante clara do seu percurso artístico.

Arranca hoje, dia 16 de fevereiro, em Lisboa, a Temporada Portugal-França 2022, no Museu Coleção Berardo – Fundação Centro Cultural de Belém, com a inauguração da retrospetiva “O Esplendor”, do artista francês Gérard Fromanger (1939-2021), que apresenta cerca de 30 séries que marcam a sua obra, entre quadros, desenhos, serigrafias, incluindo a película “Film-Tract nº 1968”, realizada em colaboração com Jean-Luc Godard.

A exposição de Gérard Fromanger (1939–2021) apresenta diversas séries que marcam a obra do artista: trinta séries ao todo, que serão exibidas num conjunto de mais de sessenta quadros seminais. Cada período, feito de dúvidas, ruturas, recomposições, técnicas diferentes, constitui um conjunto de uma grande coerência. No seu trabalho, as séries respondem a uma lógica interna, marcando cada uma das épocas com a sua biografia íntima, os seus encontros, a sua relação com a atualidade e, de modo mais amplo, com a história.

Uma obra feita de questionamentos, ruturas e de recomposições, que espelham a sua própria biografia, os seus encontros, a sua relação com a vida, com as pessoas e com o mundo em geral.  A exposição inclui ainda uma série de retratos de figuras relevantes nas décadas de 60 e 70 em França e o Film-Tract [Filme-Panfleto], de 1968, realizado em colaboração com Jean-Luc Godard.

A obra de Gérard Fromanger é a de um grande explorador do mundo que o rodeia, em permanente sintonia com a estética “flâneuse” de Walter Benjamin, ou com as “derivas” de Guy Debord.

As boas-vindas ao certame em Portugal também serão dadas, neste dia, com a abertura de “Panthéon & Panteão”, uma exposição cruzada, no Panteão Nacional, em Lisboa, e no Panthéon, em Paris, cujas semelhanças e diferenças são as bases para apresentar estes monumentos que homenageiam figuras importantes de cada nação. E como este programa envolve os países em todo o seu território, a 18 de fevereiro, entre os teatros Rivoli e Campo Alegre, no Porto, Phia Ménard, uma das artistas francesas mais entusiasmantes da atualidade, inicia um programa que cruza dança, artes visuais, teatro e circo contemporâneo e que, além da sua mestria artística, dá conta do seu compromisso pessoal, social e político com temas atuais da nossa sociedade. Estes eventos são enriquecidos e celebrados pelas atuações de escolas de ensino artístico de Lisboa e do Porto detalhados no programa de abertura onde se destacam ainda duas exposições já visitáveis nas duas cidades: “Artistas, Património e Museu”, em Lisboa e “Caprichos de Manuel-Casimiro”, no Porto.

De fevereiro a outubro, e sublinhando a certeza de pertença ao todo sob o mote “O Sentimento Oceânico”, o mar de possibilidades oferecido pela Temporada permite construir novas cores, tons e visões em cocriação, com as novas gerações em mente. São mais de 200 eventos nos dois países (84 cidades em França e 55 cidades em Portugal) que, através de um olhar de descoberta mútuo, assumem um compromisso concreto com os assuntos que unem Portugal e França e que ambos preservam na Europa de agora: a transição ecológica, nomeadamente através do tema do Oceano, a economia responsável e sustentável, a aposta nas energias renováveis, a igualdade de género, o respeito pela diferença e os valores da inclusão.

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