Estoril Open: Ben Shelton recebe o terceiro wild-card

Ben Shelton, o mais jovem representante dos EUA no top 40, considerado a maior revelação de 2023, recebeu o terceiro Wild Card do Estoril Open

Ben Shelton Estoril Open
Estoril Open: Ben Shelton recebe o terceiro wild-card - ®DR

O jovem americano Ben Shelton, considerado o mais jovem promissor do ténis americano, é o destinatário do terceiro wild card para o quadro principal do Millennium Estoril Open — o maior evento tenístico nacional, organizado pela 3LOVE a partir do próximo sábado 1 de abril nas instalações do Clube de Ténis do Estoril.

“Estou muito entusiasmado por ir jogar no Millennium Estoril Open. Quero agradecer à organização pela oportunidade de disputar o torneio e pisar a terra batida. Vai ser a minha primeira vez na Europa e mal posso esperar por conhecer o Estoril e Cascais”, anunciou Ben Shelton.

Com apenas 20 anos, o filho do antigo profissional Bryan Shelton optou inicialmente por se dedicar aos estudos — foi uma vedeta no circuito universitário — e só no ano passado se tornou profissional, fazendo a sua estreia no ATP Tour enquanto wild card no torneio de Atlanta. Desde então, a sua ascensão tem sido meteórica e apresenta atualmente o seu melhor ranking de sempre (39º), sendo o mais jovem tenista norte-americano no top 100 e considerado a maior revelação da presente temporada até ao momento, na sequência da sua prestação no Open da Austrália.

“Sempre foi nossa prática investir nas jovens promessas e mostrar ao público nacional os campeões do amanhã. Ben Shelton apresenta um estilo de jogo muito agressivo, alicerçado num grande serviço e em constantes subidas à rede. Vai ser interessante vê-lo investir num estilo puramente atacante para contrariar os grandes especialistas de terra batida. Será também a sua estreia num torneio europeu, porque seguiu inicialmente uma carreira universitária e só saiu para competir fora dos Estados Unidos pela primeira vez na Austrália este ano”, revela João Zilhão.

Benjamin Shelton é filho do antigo tenista profissional Bryan Shelton, que atingiu o 55º lugar do ranking em 1992 e conquistou dois títulos no ATP Tour – o primeiro afro-americano a fazê-lo desde Arthur Ashe em 1978. O seu tio, Todd Witsken, também brilhou no circuito profissional, chegando ao 43º lugar.

As qualidades de Ben Shelton começaram a destacar-se na Universidade da Florida, onde o pai era treinador. Logo no primeiro ano, em 2021, deu o primeiro título nacional aos Florida Gators, ao vencer o quinto singular da final. No ano seguinte, sagrou-se campeão universitário e foi nomeado o melhor tenista do Intercollegiate Tennis Association (ITA).

Estreou-se nos torneios do Grand Slam, no US Open, onde foi eliminado na ronda inicial por Nuno Borges, em cinco sets, não sem antes assinar o segundo serviço mais rápido do torneio, cronometrado a 222 km/h. Terminou 2022 com um recorde: foi o mais jovem jogador de sempre a ganhar três títulos challenger consecutivos (Charlottesville, Knoxville e Champaign), o que lhe permitiu debutar no top 100.

Shelton começou 2023 no 96º posto da hierarquia mundial e assinou um início de temporada extremamente positivo. No Open da Austrália – a sua primeira viagem para fora dos EUA – atingiu os quartos-de-final, tornando-se no mais jovem americano a chegar tão longe num torneio do Grand Slam desde Andy Roddick, em 2002.

No Millennium Estoril Open, Ben Shelton vai reencontrar o amigo Duarte Vale e reeditar no court a antiga parceria do circuito universitário, graças ao wild-card que receberam para o quadro principal de pares.

aNOTÍCIA.pt