Cícero Bistrot celebra Abril, o “Mês da Liberdade”

Na semana que antecede o 25 de Abril, o Cícero Bistrot, abre as suas portas, para assinalar Abril “Mês da Liberdade”

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Cícero Bistrot celebra Abril, o “Mês da Liberdade” - ®DR

Inspirados na sua trajetória, o Cícero Bistrot, abre as suas portas para assinalar a Revolução de Abril celebrando a democracia e a liberdade. Durante todo o mês, terão lugar diversas ações para relembrar os impactos da revolução nas artes e na vida de Portugal e também do Brasil.

Na semana que antecede o 25 de abril, o Cícero Bistrot, será palco de uma tertúlia com jornalistas, artistas e outras personalidades que vão debater, à mesa, o papel da liberdade adquirida, nas artes durante aquele período e a influência da revolução nas criações artísticas e expressões culturais.

Para marcar a convergência dos valores defendidos por Cícero Dias e pela Revolução dos Cravos, o Cícero Bistrot convidou o ator brasileiro Chico Diaz – que acaba de estrear o filme Vermelho Monet no festival de Cinema Brasileiro em Paris -, para fazer uma interpretação, em vídeo, do poema “Liberdade” de Paul Èlouard. A performance será lançada na semana anterior ao 25 de abril.

Juntando-se aos seus amigos no Cícero Bistrot , a atriz portuguesa Gracinda Nave levará 3 poemas de Sophia de Mello Breyner Andresen –  Como uma flor vermelha, A Forma Justa e Liberdade – partilhando desta forma os valores de Abril numa plataforma de diálogo e convergência entre Brasil e Portugal.

Várias personalidades da vida pública, amigos do Cícero Bistrot, são “chamados” a partilhar testemunhos da influência da revolução nas artes ou vice-versa. Exemplo disso é o depoimento de Gilmar Mendes, Ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil para quem “a democratização ressuscitou a liberdade de expressão, que permitiu a emergência de novas formas de arte e cultura.” Do lado de lá do Atlântico, à época, a Revolução de Abril deu sinais claros de que era possível mudar, já que o Brasil vivia também uma ditadura militar. Gilmar Mendes que disserta sobre o papel da criação artística como elemento fundamental no questionamento do regime salazarista ressalva “por ironia do destino, que não cansa de mostrar sua própria criatividade artística, foi uma canção que deu início à Revolução dos Cravos, na madrugada de 25 de abril de 1974.

Também Sidnei Tendler, pintor e artista plástico com obras na coleção exposta no restaurante-galeria, abordará os impactos da revolução na conceção da cultura, que inspirou artistas das mais diversas áreas e países num depoimento já disponível nas plataformas digitais do Cícero Bistrot. Ele [Sidnei], com 16 anos em 1973, recorda o impacto sentido no Brasil na altura e recorda músicas de Chico Buarque (que virá a Portugal receber o Prémio Camões), como é caso do “Fado Tropical”, que acabaria por ser censurado por, claramente, ser uma alusão à liberdade tão ansiada também no Brasil.

José Manuel Durão Barroso partilhará em depoimento, a sua visão e vivência do 25 de Abril, onde recorda que “O Portugal de antes da Revolução do Cravos era um país muito diferente de hoje, por força da censura: não tínhamos Coca-Cola, Karl Marx e Playboy”.

Está assim lançado o espaço de debate e reflexão a que o Cícero Bistrot se propõe.

aNOTÍCIA.pt