Olhares do Mediterrâneo regressa em novembro com 57 filmes de 22 países

Com a missão de divulgar o cinema feito por mulheres oriundas de países do Mediterrâneo, o Festival Olhares do Mediterrâneo está de regresso em novembro

Olhares do Mediterrâneo
Olhares do Mediterrâneo regressa em novembro com 57 filmes de 22 países - ®DR

Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival celebra a sua 10ª edição de 9 a 16 de novembro, no Cinema São Jorge e na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa. Com a missão de divulgar o cinema feito por mulheres oriundas de países do Mediterrâneo, o Festival apresenta uma programação diversificada constituída por 57 filmes de 22 países.

Nesta edição são apresentados filmes de vários géneros cinematográficos (documentário, ficção, animação, experimental), de realizadoras afirmadas e debutantes, que abordam temas tão variados como as questões de género, o racismo, o (de)colonialismo, o terrorismo e a radicalização, a questão do acesso à habitação, mas também histórias pessoais e familiares.

“Assumimo-nos como um festival “ativista” porque acreditamos que o cinema incide sobre a nossa
forma de ver o mundo e capacidade de o transformar, e é por isso que achamos que é indispensável
dar espaço aos múltiplos olhares das mulheres”, afirmam as organizadoras do Festival.

Olhares da Turquia: Secção especial

Nesta 10ª edição, o Festival programa filmes de realizadoras turcas na Cinemateca Portuguesa, de 13 a 16 de novembro, com 5 longas-metragens e 3 curtas de sete cineastas produzidas entre 2002 e 2022. À exceção de “Watchtower” (Fic, 2012), de Pelin Esmer, que foi filme de abertura da 1ª edição do Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival, todas as obras desta retrospetiva são estreias nacionais.

Quatro secções competitivas

O Festival apresenta quatro secções competitivas: Competição geral longas-metragens, Competição geral de curtas-metragens, secção Travessias, composta por filmes sobre migrações, racismo e colonialismo enquanto elementos estruturais da sociedade e a Competição Começar a Olhar, com filmes de escola.

As actividades paralelas do Olhares

O Festival programa ainda inúmeras atividades paralelas, como debates a partir de filmes em competição, um workshop de escrita para cinema com a realizadora Cláudia Clemente, um workshop de colagem com a artista Ap Silvestre, uma masterclass com a jornalista e realizadora Benedetta Argentieri, uma oficina de cantos do Mediterrâneo com as musicólogas Camilla Piccolo e Laura Venturini; lançamentos de livros, o acolhimento de três livrarias e um concerto no encerramento da secção competitiva no Cinema São Jorge. 

Haverá ainda no ISCTE-IUL, um seminário sobre Cuidado e Envelhecimento, no âmbito do qual será apresentado o documentário “CareSeekers” (Itália, 2023, de Teresa Sala e Tiziana Vaccaro) e no Goethe Institut um encontro Olhares do Mediterrâneo / MUTIM (Mulheres Trabalhadoras das Imagens em Movimento) sobre os desafios da programação de cinema de mulheres. A masterclass, o workshop de escrita para cinema e o encontro sobre programação cinematográfica fazem parte do Programa de Indústria, uma das novidades desta 10ª edição do Festival.

O Festival vai trazer a Lisboa vários convidados, a anunciar muito brevemente. 

Olhares do Mediterrâneo – Women Film Festival é o mais antigo festival de cinema no feminino em Portugal, e é o único dedicado à cinematografia da bacia do Mediterrâneo. O Festival é um projeto do grupo Olhares do Mediterrâneo e do CRIA – Centro em Rede de Investigação em Antropologia.

aNOTÍCIA.pt