Bertílio Gomes, Nuno Bergonse e Crescer preparam o segundo jantar do ciclo “É um Convite”, com Chefs portugueses

O Chef Bertílio Gomes, é o convidado do Chef Nuno Bergonse, para mais um "É um Convite", uma iniciativa da CRESCER.

CRESCER e Nuno Bergonse
Bertílio Gomes, Nuno Bergonse e Crescer preparam o segundo jantar do ciclo “É um Convite”, com Chefs portugueses - ©Armando Saldanha (Aldrabiscas)

O Chef Bertílio Gomes do restaurante Taberna Albricoque, é o convidado do Chef Nuno Bergonse para mais um ‘É um Convite’, no dia 4 de março, no espaço ‘É uma Mesa’ da Associação CRESCER.

Este jantar confecionado com muito amor, ‘muitas mãos’ e chefs de renome é o segundo do ciclo ‘É um Convite’ promovido pela Associação CRESCER nas instalações do ‘É uma Mesa’ no Bairro Padre Cruz (Carnide), em Lisboa.

Estes eventos, nasceram com o intuito de trazer Chefs de renome e pessoas com experiência no mercado para criar um jantar. ”É um convite” que o “Chef de fora, faz às pessoas para virem experimentar uma refeição especial criada por eles e por equipas em formação,” salienta Nuno Bergonse.

Coube ao Chefe André Cruz, do Hotel Altis Belém, com Estrela Michelin, “dar o pontapé de saída para esta iniciativa de jantares que queremos que aconteça 2 em 2 meses”, refere o chef Nuno Bergonse.

É uma Mesa

“O ‘É uma Mesa’, é um restaurante, de cozinha saudável e sustentável. É também neste espaço, que fazemos os eventos e o local onde confecionamos os caterings que servimos para diversos eventos,” explica Américo Nave, Diretor Executivo da CRESCER.

Este projeto de emprego acompanhado da CRESCER, uma associação que trabalha com populações vulneráveis, tem como objetivo, proporcionar competências para que as pessoas possam restruturar a sua vida ou seja “dar-lhes a cana e ensiná-los a pescar, para que possam pescar.”

Motivação é um dos fatores mais valorizados para integrar um projeto com as características do “É Uma Mesa” e de “É um Restaurante”. No caso, “foram selecionadas pessoas que ainda viviam na rua, pessoas que estavam em albergues, em quartos, em casa de familiares e de amigos. Felizmente, algumas destas pessoas já mudaram a sua situação habitacional para melhor. Quando o projeto se iniciou, já nenhuma pessoa vivia na rua, fruto já do trabalho da psicóloga do projeto, em conjunto com outros parceiros”, explica Américo Nave.

É UM RESTAURANTE

“É um restaurante” de conceito, com uma carta atraente, um ambiente e estilo próprios, junto à Av. da Liberdade, uma das zonas mais conhecidas de Lisboa.

Mas acima de tudo é um projeto de integração social inteligente com uma equipa que dá trabalho e formação a pessoas que vivem ou viveram em situação crónica de sem abrigo. Com 180 pessoas, integradas no projeto, o “É um Restaurante” tem uma taxa de integração no mercado de trabalho de 40%. O balanço da sua atividade não podia ser mais risonho. “A prova disso é que começámos com um restaurante e já temos cinco. Temos restaurantes abertos ao público, mas também em empresas que confiam em nós, como é o caso da AGEAS e da Cofidis, onde servimos as refeições para todos os colaboradores”, sublinha Américo Nave.

Ligado à Associação CRESCER há cerca de 10 anos, o Chef Nuno Bergonse é o mentor da área da restauração e tem a seu cargo a componente da consultoria. Interessado pela responsabilidade social começou a desenvolver uma componente académica, com pessoas vulneráveis, mas com possibilidade de integrar o mercado de trabalho.

“Nós fazemos o trabalho de formação. Existe uma equipa no dia a dia que faz isso nos próprios restaurantes. Mas tendo em conta esta missão de integrar no mercado de trabalho, não há nada melhor do que trazer as pessoas que já lá estão, com experiência e provas mais que dadas, para dentro do espaço da CRESCER e serem elas a dar essa essa formação” salienta Nuno Bergonse, que acrescenta “o importante é trazer conhecimento de fora, ou seja, abrir a porta para o mercado de trabalho, ensinar novas técnicas, novos conceitos, mas acima de tudo também mostrar aos chefes que estes formandos são pessoas muito competentes com capacidade de fazer de tudo e mais alguma coisa”