Aquário Vasco da Gama liberta 300 peixes nativos de água doce no rio Sizandro

O Aquário Vasco da Gama vai libertar 300 ruivacos-do-oeste, uma espécie nativa e única de Portugal, no rio Sizandro

Aquário Vasco da Gama rio Sizandro
Aquário Vasco da Gama liberta 300 peixes nativos de água doce no rio Sizandro - ®DR
O Aquário Vasco da Gama (AVG), órgão cultural da Marinha Portuguesa, vai libertar 300 ruivacos-do-oeste (Achondrostoma occidentale) no rio Sizandro, em Runa, Torres Vedras, amanhã, dia 9 de abril, às 14h45.
 
Estes peixes nativos pertencem a uma espécie nativa e única de Portugal que existe exclusivamente nos rios da região Oeste: Sizandro, Alcabrichel e Safarujo. Os exemplares que serão libertados são descendentes de peixes selvagens do rio Sizandro que se reproduziram em tanques ao ar livre no Aquário Vasco da Gama.
 
Participam nesta atividade alunos da Escola Básica de Runa e da Escola Profissional Agrícola de Torres Vedras, e tem o apoio do Centro de Educação Ambiental de Torres Vedras e da Junta de Freguesia de Runa.
 
Este Projeto de Conservação, aprovado pelo ICNF, tem como objetivos contribuir para o reforço das populações selvagens ameaçadas pelas secas extremas, pela poluição da água e pela destruição da vegetação nativa e sensibilizar as populações locais para a defesa do património natural constituído pela água dos rios, florestas ribeirinhas e seus habitantes.
 
Sobre:
O Aquário Vasco da Gama foi inaugurado a 20 de Maio de 1898, numa cerimónia de grande impacto público, na presença da Família Real e numerosas individualidades da época. Foi um dos primeiros aquários no mundo, sendo a sua construção ordenada pela Comissão Executiva da celebração do 4º Centenário da partida de Vasco da Gama para a viagem do descobrimento do Caminho Marítimo para a Índia. 

Na altura da inauguração o Rei D.Carlos, cuja influência havia sido determinante para a edificação do Aquário, realizou numa das suas salas uma exposição com o material zoológico por ele recolhido nas campanhas oceanográficas de 1896 e 1897. 

Findas as festas das comemorações, ficou o Aquário sendo propriedade do Estado. Em Fevereiro de 1901, a sua administração foi entregue à Marinha, onde permanece até hoje como organismo cultural.

aNOTÍCIA.pt