Arábia Saudita possui sete locais classificados como Património Mundial pela UNESCO

Sabia que a Arábia Saudita possui sete sítios inscritos na lista do Património Mundial da UNESCO? Conheça-os

Arábia Saudita Património Mundial
Arábia Saudita possui sete locais classificados como Património Mundial pela UNESCO - ®DR

Celebra-se hoje, 18 de abril,  o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, e a Arábia Saudita convida à visita a estas maravilhas classificadas como Património Mundial pela UNESCO que não só testemunham a história antiga do Reino, como são também exemplos notáveis do património natural deste país.

Conheçamos então estes sete locais classificados como Património Mundial pela UNESCO

Sítio Arqueológico de Hegra

Este é o primeiro local da Arábia Saudita a ser inscrito na lista do Património Mundial da UNESCO.

A área, anteriormente conhecida como Hegra, alberga o maior sítio preservado da civilização nabateia a sul de Petra, na Jordânia. Os túmulos monumentais notavelmente preservados, decorados com fachadas que datam do século I a.C. ao século I d.C., são um testemunho único da civilização nabateia e do período pré-nabateu, do qual sobreviveram cerca de 50 inscrições e desenhos rupestres.

Com os seus 111 túmulos monumentais, 94 dos quais com fachadas decoradas, e os seus poços, o sítio é um excelente exemplo da qualidade da arquitetura nabateia e do seu domínio das técnicas hidráulicas.

Área cultural de Hima

O sítio de Hima situa-se numa zona montanhosa e árida do sudoeste da Arábia Saudita, por onde passava uma das antigas rotas de caravanas que atravessavam a Península Arábica. O sítio contém uma importante coleção de imagens rupestres que retratam a flora, a fauna, os estilos de vida e as actividades de caça humanas ao longo de um período de 7000 anos, que a UNESCO identificou como a “Área Cultural de Hima”.

Assim, neste “museu ao ar livre”, encontramos camelos, gado e palmeiras e figuras humanas vestidas de caçadores. Entre as cerca de 500 lajes de arenito, encontram-se milhares de inscrições escritas em várias línguas antigas, incluindo o musnad, o grego, o tamúdico e o árabe meridional, os antecessores do árabe moderno.

Viajantes e exércitos acamparam aqui de tempos a tempos até ao final do século XX, deixando inscrições e petróglifos, a maior parte dos quais se encontram preservados no seu estado original. Numerosos túmulos pontuam a paisagem, tal como os poços de Bi’r Himā, que marcavam uma encruzilhada na Rota das Caravanas e que continuam a fornecer água fresca ininterruptamente desde que os beduínos os criaram há cerca de 3000 anos.

Arte rupestre em Hai’l

Na Arábia Saudita, Jubbah é um dos três sítios de arte rupestre da região de Ha’il inscritos conjuntamente como Património Mundial da UNESCO em 2015. Nos arredores de Jubbah, um deserto arenoso que foi outrora um lago de água doce, o sítio alberga algumas das mais bem preservadas gravuras rupestres neolíticas do mundo.

De longe, a área parece uma paisagem marciana, com inscrições e petróglifos representando animais, humanos e cenas rurais nas rochas, um dos poucos vestígios que restam da passagem dos antepassados das actuais populações árabes há mais de 10.000 anos. Também é possível ver outras inscrições esculpidas com ferramentas de pedra, que foram preservadas durante milénios no abrigo das grutas.

Jeddah histórica, porta de entrada para Meca

Situada na margem oriental do Mar Vermelho, Jeddah tornou-se uma importante cidade portuária a partir do século VII d.C. para as mercadorias que chegavam a Meca através das rotas comerciais do Oceano Índico. Tornou-se também o porto de chegada dos peregrinos muçulmanos que viajavam por mar para a cidade sagrada.

Graças a esta dupla função, Jeddah transformou-se num próspero centro urbano multicultural, cujos edifícios tradicionais característicos incluem casas-torre construídas no final do século XIX pelos ricos comerciantes da cidade. Estes edifícios combinam a tradição arquitetónica local de utilização de rochas de coral do Mar Vermelho com influências e técnicas artesanais importadas através das rotas comerciais do Oceano Índico.

Distrito de At-Turaif em Diriyah

At-Turaif, situada a noroeste de Riade, no coração da Península Arábica, foi o local da primeira capital da dinastia saudita. Foi fundada no século XV e contém exemplos do estilo arquitetónico Najdi, caraterístico da Península Arábica central.

O seu papel político e religioso tornou-se importante no século XVIII e no início do século XIX. A Cidadela de At-Turaif tornou-se o centro do poder temporal da Casa de Saud. O sítio inscrito inclui, assim, os restos de numerosos palácios e um complexo urbano construído na orla do oásis de Diriyah.

Oásis de Al-Ahsa

Situado na parte oriental da Península Arábica, o Oásis de Al-Ahsa é constituído por canais, jardins, poços, nascentes e até um lago de drenagem, bem como por edifícios históricos e sítios arqueológicos.

As estruturas sobreviventes, tais como fortalezas históricas, mesquitas, nascentes, canais e dispositivos sofisticados de gestão da água, representam vestígios da colonização humana sedentária na região do Golfo desde o período Neolítico até aos nossos dias.

Com 2,5 milhões de palmeiras, Al-Ahsa é o maior oásis do mundo e forma uma paisagem geocultural única que constitui um exemplo excecional da interação humana com o ambiente.

Uruq Bani Ma’arid

Uruq Bani Ma’arid, situado no deserto de Ar-Rub’ al-Khali, é um local classificado como Património Mundial da UNESCO, conhecido pelo seu vasto mar de areia, natureza selvagem única e diversos habitats de vida selvagem. Com a sua paisagem deslumbrante e papel ecológico crucial, alberga uma grande variedade de espécies animais e vegetais, incluindo espécies de importância mundial como o órix da Arábia. O sítio é também um local de reintrodução bem sucedida de espécies-chave, o que realça os seus esforços de conservação e a sua importância ecológica.

Com 1,27 milhões de hectares, Uruq Bani Ma’arid abrange uma paisagem dinâmica onde as dunas de areia se encontram com planaltos calcários e wadis com vegetação. A sua interação com a escarpa circundante cria uma diversidade topográfica distinta, crucial para a adaptação e sobrevivência das espécies. Este sítio da UNESCO não só preserva as maravilhas naturais, como também é um testemunho do sucesso das iniciativas de conservação para salvaguardar os ecossistemas vitais.