Este licoroso, oriundo na Península de Setúbal e resultante de um blend composto por diferentes colheitas (entre os 40 e os 80 anos), foi lançado em 2017.
Considerado um dos vinhos mais raros e preciosos do país, este Bastardinho de Azeitão 40 anos é produzido com a casta Bastardo (Trousseau) e é o último engarrafamento dos 2300 litros de Bastardinho de Azeitão que restavam nas caves da José Maria da Fonseca. A sua excelência e raridade levou Domingos Soares Franco, enólogo da José Maria da Fonseca, a designá-lo como “o canto do cisne”.
As vinhas com cerca de 90 anos da casta Bastardo (Trousseau), que deram origem a este licoroso, foram arrancadas na década de 80, depois de cederem à pressão urbanística. Para prevenir a sua extinção, em 2005 a José Maria da Fonseca plantou meio hectare desta casta nas suas propriedades, sendo que dificilmente conseguirá condições para produção de um vinho semelhante num futuro próximo.
“Altamente Recomendado” e “Melhor de Portugal”
As distinções atribuídas ao Bastardinho de Azeitão 40 anos, nesta gala, estenderam-se também para a designação de “Altamente Recomendado”, também atribuída ao Trilogia Moscatel de Setúbal (que combina três grandes colheitas do século XX: 1900, 1934 e 1965) e à Aguardente Velha Reserva 1964 (produzida com vinhos verdes destilados na Comissão dos Vinhos Verdes, na vindima de 1964).
Já na categoria de “Melhor de Portugal”, foram incluídos o Trilogia Moscatel de Setúbal, a Aguardente Velha Reserva 1964 e o vinho branco alentejano Puro da Talha 2015 (que fermenta e estagia em talhas entre 4 a 10 meses).