Castelo Branco produz 38 toneladas de mel em 2020

Apesar das condições meteorológicas adversas e da atual situação pandémica, os apicultores de Castelo Branco conseguiram recolher 38 toneladas de mel.

Castelo Branco e mel
Castelo Branco produz 38 toneladas de mel em 2020 - ®DR

Este ano, Castelo Branco produziu 38 toneladas de mel, 6 de cera processada e duas de pólen. Os dados são da Central Meleira de Castelo Branco, infraestrutura criada pela Câmara Municipal de Castelo Branco, que fecha, assim, a Campanha de 2020.

Dos 73 lotes de mel recolhidos, cerca de 50% pertencem aos produtores do concelho de Castelo Branco. Segundo José Augusto Alves, Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, “num ano difícil para os apicultores, a Central Meleira de Castelo Branco continuou a prestar apoio ao desenvolvimento da atividade apícola, de forma a possibilitar a participação no mercado Nacional e Internacional dos apicultores da Região”.

Odete Gonçalves, Presidente da Associação de Apicultores do Parque Natural do Tejo Internacional, considera que “o ano 2020 ficou marcado por inúmeras adversidades, que se refletiram numa redução da produção anual de mel. Neste sentido, o apoio da Câmara Municipal na aquisição de novos equipamentos e na melhoria dos espaços existentes, tornou-se fundamental para assegurar a continuidade dos serviços prestados”.

 

Sobre:

A formação do mel está intimamente relacionada ao processo de polinização das flores através da atração aromática exercida por elas. Entre os insetos atraídos pelas flores temos as abelhas, sendo estas geralmente atraídas por flores de aromas agradáveis ao ser humano. A capacidade olfativa das abelhas deve-se a inúmeras estruturas localizadas em seu par de antenas, que também possuem estruturas para tato e audição.

As abelhas sugam o néctar da flor, depositando-o no papo ou vesícula nectífera, onde enzimas irão decompor o açúcar do néctar em dois açúcares mais simples, a frutose e a glicose. Durante o transporte diversas secreções são acrescentadas ao néctar, sendo adicionadas enzimas como a invertase, diastase, glicose oxidase, catalase e fosfatase. Ao retornar a colmeia, a abelha deposita o néctar em favos onde este perderá grande parte de sua água e se transformando em mel.

É de salientar que, a despeito de o mel utilizado atualmente em maior escala na alimentação humana provir da produção das abelhas melíferas, notadamente do gênero Apis, cerca de 20 mil insetos também o produzem em menor quantidade e não são explorados economicamente.

 

aNOTÍCIA.pt