A recordista de Portugal e campeã mundial de pista coberta, Auriol Dongmo, ditou logo a passagem à final de Oregon 2022 no seu primeiro lançamento, alcançando os 19,38 metros, largamente ultrapassando a marca de qualificação direta (18,90 m).
Logo depois Auriol Dongmo saiu da pista, com o trabalho terminado em Oregon 2022. “Era o meu objetivo, chegar aqui e conseguir logo a marca de qualificação direta para a final. Assim fico mais tranquila para preparar a final de amanhã”, disse a atleta, continuando logo com o facto “de na final ter de me preocupar com os seis lançamentos. Não apenas um”.
Na entrada das atletas no estádio para fazerem o aquecimento, o público em Hayward Field recebeu-as com aplausos, que Auriol nem ouviu. “Eu estava tão focada e concentrada que nem ouvi isso”, referiu.
Sem acesso à final, mas terminando num 17º lugar na qualificação, com a marca de 18,01 metros, Jessica Inchude cumpriu a sua estreia ao seu melhor nível.
“Saio satisfeita porque é uma prova importante e eu nunca tinha feito uma marca tão boa. Para mim foi um objetivo cumprido, queria ter passado à final, mas aconteceu, estou contente. Tinha de conseguir recorde pessoal, acho que era possível, mas, simplesmente, não saiu”, concluiu.
A jornada da tarde ainda contava com mais dois portugueses. Marta Pen Freitas correu a prova de 1 500 metros, a primeira das eliminatórias, e foi ultrapassada nos últimos metros, terminando em sétimo lugar com a marca de 4m08s58”, à beira da qualificação direta. Esperou pela série seguinte, que foi muito mais rápida e deixou a portuguesa de fora da meia-final.
“Estou insatisfeita. Acho que perdi aqui uma oportunidade de seguir para as meias-finais dos Mundiais. Sinto que tenho mais, que poderia ter dado mais, mas não consegui contrariar a ultrapassagem da atleta checa. Sinto-me frustrada após tanto trabalho”, fechou a portuguesa radicada nos Estados Unidos.
A fechar a jornada, Tsanko Arnaudov apresentou-se à qualificação do lançamento do peso. O recordista de Portugal abriu com a marca de 18,06 metros que depois melhorou para 19,68 metros. Ainda não chegava. Um último lançamento um pouco melhor, mas ainda assim insuficiente para chegar à final: 19,93 metros.
No final da prova, Tsanko Arnaudov mostrava os seus dois sentimentos: “estou feliz por ter conseguido voltar a estes palcos, o que não conseguia desde há alguns anos. Estar aqui a competir, sem problemas foi bom. O pior foi o facto de ter ficado tão perto de poder chegar à final. O que me parecia ser possível, pois todos estávamos mal”.
“Agora, este resultado vem dar-me mais vontade de fazer melhor nas provas que aí vêm, como os Europeus”, concluiu o atleta que, na classificação conjunta dos dois grupos (que o norte-americano Ryan Crouser dominou, com 22,28 metros) terminou como oitavo europeu.