Andualem Shiferaw ganhou, pela terceira vez consecutiva, a EDP Maratona de Lisboa, com o tempo de 2:05.45 horas, alcançando assim um novo recorde da prova.
Com o tempo de 2:05.45 horas, o atleta etíope Andualem Shiferaw, ganhou, pela terceira vez consecutiva, a Maratona de Lisboa, alcançando um novo recorde. Shiferaw baixou em nove segundos a marca registada em 2021 (2:05.52), tendo ficado à frente dos compatriotas Haftu Asefa (2:06:33), segundo, e Birhan Tesfaye (2:07:04), terceiro.
Ganhar em Lisboa tornou-se já um hábito para Shiferaw, que na conferencia de imprensa referiu que “Estou feliz por ter ganho pela terceira vez. Lisboa é quase como a minha casa. A corrida é boa, o clima também. Estou feliz por ter voltado e se os organizadores me convidarem de novo, voltarei com todo o gosto. Posso melhorar o recorde do percurso ainda mais”.
Já a prova feminina foi ganha pela queniana Bornes Kitur, com o tempo de 2:24.17 horas, ficando a 4 segundos do recorde do percurso (2:24.13). A atleta tinha 2:21.26 de melhor marca pessoal. Sorome Amente foi a segunda (2:25.57), ao passo que Buzunesh Gudeta foi terceira, com 2:26.01. Joana Fonseca, com 2:40.24, foi a melhor portuguesa, na 9.ª posição.
José Sousa e Joana Fonseca, os melhores portugueses na EDP Maratona de Lisboa, partiram para as respetivas provas com objetivos definidos e, no final, ambos acabaram por assumir alguma desilusão quanto ao resultado.
José Sousa, foi 14.º na geral masculina com 2:24.17, entrou em prova como lebre da elite feminina, guiando de princípio a fim a queniana Bornes Kitur ao triunfo. Uma vitória num tempo que ficou a 3 segundos do recorde do percurso, muito por culpa da quebra da atleta africana na fase final. O atleta português, contudo, refere que “Saio satisfeito. Fiz o possível. 150%, fiz o meu treino e ajudei quem tinha de ajudar”, garantiu o atleta de 33 anos, que dentro de quatro semanas vai disputar a EDP Maratona do Porto.
Na prova feminina, Joana Fonseca fez a sua corrida para tentar acabar abaixo das 2:40 horas, mas falhou o seu objetivo por meros 24 segundos. “Queria fazer abaixo das 2:40… O treino foi perfeito, a mente estava forte, estava positiva, o corpo estava todo alinhado, mas a maratona é mesmo assim. Tudo pode acontecer. O percurso não era fácil. Apanhei vento contra. Não consegui e aceito. Para a próxima tentarei.” lamentou a atleta, que acabou como 9.ª melhor da elite feminina da edição de 2022 da EDP Maratona de Lisboa.
O queniano Charles Langat e a etíope Emebet Mamo venceram a Meia Maratona de Lisboa, prova que juntou milhares de pessoas entre a ponte Vasco da Gama e o Terreiro do Paço.
Na prova masculina, Langat fixou um novo recorde pessoal, em 1:00.44, tendo batido o etíope Dinkalen Adane (1:00.46) e o ugandês Isaac Kibet (1:01.23). Rui Pinto foi o melhor português, em 10.º, com 1:03.52.
Na prova feminina, a vitória sorriu à etíope Emebet Mamo, em 1:09.35, à frente das quenianas Ludwina Chepngetich (1:10.31) e Faith Jeptoo (1:10.54), enquanto Carla Salomé Rocha foi a melhor portuguesa, no sexto lugar, com o tempo de 1:13.27.
A Maratona de Lisboa, que partiu de Cascais, estava oficialmente esgotada com a inscrição de seis mil participantes de acordo Carlos Moia, presidente do Maratona Clube de Portugal. Já a Meia Maratona, em conjunto com a prova não competitiva de oito quilômetros, Mini-Maratona, ambas com partida no mesmo dia na Ponte Vasco da Gama, fecharam como previsto nos 16.000 registos.
“Ultrapassamos os 24 mil participantes, somando as inscrições em todas as provas que decorreram no fim de semana. Este número deixa-me francamente satisfeito e está em linha com o crescimento de participantes que já estávamos a registar antes da Covid-19”, salientou o presidente do MCP, Carlos Moia.
Quase 40% dos participantes são estrangeiros, oriundos de mais de 90 países, com especial destaque para França, Reino Unido e Espanha, e 60% dos inscritos são do sexo masculino. A maratona e a meia-maratona são duas provas categorizadas como Elite Road Races, pela World Athletics, distinção que distingue as melhores corridas do mundo, e fazem parte do ‘top 5’ das corridas mais participadas e mais populares do país.
Uma nota final para a Organização da prova que, uma vez mais, voltou a discriminar os orgãos de comunicação ao permitir que apenas um reduzidíssimo numero (4) tivesse condições para “colher imagens” no final da prova.