Festival “IMINENTE” – A celebração da arte

Já não é ‘iminente’ a coabitação dos mais variados tipos de musica entre si e com a arte dita urbana. Pela segunda vez consecutiva o Festival foi um êxito, confirmando o sucesso da primeira edição e do alcançado em Londres, este ano, naquela que foi sua primeira internacionalização.

De 15 a 17 de setembro, no Jardim Municipal de Oeiras, foram patentes obras de mais de 40 artistas individuais e coletivos, entre músicos, DJ, produtores, designers, ilustradores e artistas visuais.

Além de Vhils, no cartaz de atos artísticos estiveram ainda o argentino Felipe Pantone e os portugueses ±maismenos±, Berru, Bordalo II, Draw e Contra, Estúdio Pedrita, Fábio Colaço, FAHR 021.3, Glam, Jorge Charrua, Kruella d’Enfer, Maria Imaginário, Mosaik, Obey SKTR, Teresa Esgaio, The Caver, Youthone e Pedro Coquenão.

Os concertos dividiram-se entre um palco e uma pista de carrinhos de choque e logo no primeiro dia (15) atuaram os TRKZ, Young, You Can’t Win, Charlie Brown, Kroniko, Slow J, Scúru Fitchádu, Throes + The Shine, Mike El Nite, DJ Yen Sung e DJ Marfox + DJ Nervoso.

Os Orelha Negra que curiosamente editaram, no primeiro dia do festival, o seu terceiro álbum de originais e o ‘rapper’  Allen Halloween, que apresentou pela primeira vez ao vivo “Unplugueto”, o seu disco acústico aqueceram a noite, mas foram os Capitão Fausto que levaram a plateia ao rubro, tendo havido  necessidade de intervenção da segurança para refrear os ânimos.

No Sábado atuaram Cachupa Psicadélica, NBC, Vado Más Ki As, Chullage e convidados, Karlon, Hollyhood e convidados, DJ Big, Regula, Shaka Lion, Branko, Enchufada Na Zona (Raustronaut e convidados), e Xinobi e Moullinex,o artista de Viseu que não é só um amante do estúdio, como refere “ tenho um enorme desejo de palco, de partilhar e de enfrentar as multidões” .

O ultimo dia, domingo trouxe ao Iminente, estilos e vozes tão diferentes como Carminho e Capicua, que chamaram ao Jardim de Oeiras publico de varias gerações. Atuaram ainda os Pro Seeds, Noiserv, Bruno Pernadas, Rock Marsiano e Meu Kamba Sound, DJ Maskarilha, para alem de DJ Ride e Vhils (a surpresa anunciada).

Capicua, conhecida pela sua escrita emotiva, pela espontaneidade e por uma clara atitude feminista, atraiu um publico variado que com ela interagiu, mas foi Carminho a ‘Rainha da Noite’.  Espantada por ver um publico tão diversificado, cantou do seu jeito peculiar e a plateia gostou tanto que o concerto se alongou para alem do tempo previsto. Um corte no som, quando Carminho interpretava o ultimo tema, contribuiu para que o concerto acabasse em apoteose, com a fadista a cantar à capela.

A encerrar o festival DJ Ride e Vhils. A Musica e as imagens das obras do artista lembraram a todos a essência deste festival …. ‘comemorar a arte’.

O evento, tal como na sua primeira edição, aproveitou a estufa do jardim para expor algumas obras, uma delas uma peça de luz interativa. Em 2016, havia uma carruagem de metro pintada por “veteranos do graffiti“, este ano existiram uns portões que foram preenchidos com trabalhos de ‘writers’ “com provas dadas e créditos firmados”, segundo Adilson Lima da organização.

Na loja da Underdogs, plataforma responsável pela curadoria da parte artística do festival, puderam os visitantes encontrar, livros, edições artísticas e outros produtos, no âmbito do Iminente, para alem de edições novas, pré-lançamentos e edições criadas para o festival em Londres.

Os bilhetes disponibilizados não foram muitos, por vontade da organização, e esgotaram. Muitos são os que, acreditamos, vão estar atentos ao anuncio da 3º. Edição deste festival de final de verão tão atrativo. Mas cuidado. É preciso estar mesmo atento, porque os que lá estiveram o ano passado e este ano, vão querer voltar.