Rock in Rio 2016 juntou cerca de 329 mil pessoas

Uma semana após ter começado, a 7ª edição do Rock in Rio (RiR) terminou no domingo, 29, naquele que Roberta Medina classificou como sendo “um ano aventureiro”.

Depois de, a 19 e 20 de maio, o Parque da Bela Vista ter recebido Bruce Springsteen, Xutos e Pontapés, Fergie, Mika e Queen + Adam Lambert, tudo estava pronto para que no fim-de-semana seguinte subissem ao palco nomes como Korn, Hollywood Vampires, Maroon 5, Ivete Sangalo e Ariana Grande.

A banda de rock’n’roll californiana Rival Sons abriu as hostilidades no Palco Mundo, no dia 27, à qual se seguiram os aguardados Korn. No entanto, o grupo histórico não tocou mais do que dois minutos da música Blind até falhar o som. Dez minutos depois, a banda regressa, com um “You ready again?”, mas nem a plateia eufórica consegue evitar novos problemas técnicos. Os Korn tocaram cerca de 25 minutos, sempre com interrupções, até abandonarem de vez o palco, originando que 200 pessoas fizessem reclamação para verem devolvido o dinheiro dos bilhetes.

O concerto dos Hollywood Vampires, banda de Joe Perry, Johnny Depp e Alice Cooper, ajudou a ultrapassar o desagrado da atuação anterior. Pretendendo homenagear amigos e grandes nomes da música, ouviram-se versões de Led Zeppelin, Doors, The Who, Beatles, Hendrix, Bowie ou do próprio Alice Cooper.

No sábado, depois dos D.A.M.A, acompanhados por Gabriel o Pensador, foi a vez do “furacão da Baía” Ivete Sangalo tomar conta do palco principal, algo que se repetiu no dia seguinte, com a brasileira a substituir Ariana Grande, ausente por motivo de doença o que, segundo o Instagram da própria, a deixou “muito abalada pelo sucedido”, prometendo “compensar-vos e dar o melhor concerto que conseguir quando voltar a Portugal”.

Tinha chegado o momento e o motivo da enchente de 85 mil pessoas: os Maroon 5. Perante uma plateia maioritariamente feminina e familiar, Adam Levine e companheiros começaram o espetáculo com Animals, continuando com êxitos como She Will Be Loved, Moves Like Jagger e Sugar e despedem-se cerca de hora e meia depois.

O último dia do RiR começou com o norte-americano Charlie Puth e um dos seus temas mais conhecidos: Marvin Gaye. O músico de 24 anos revelou-se descontraído e entusiasmado, afirmando que “Há um ano não imaginava que ia estar aqui a fazer isto.”

De seguida, Ivete Sangalo regressa ao Palco Mundo para um segundo concerto em menos de 24 horas e, contra várias expetativas, a brasileira voltou a “levantar poeira”, fazendo-se acompanhar pelas 47 mil pessoas presentes.

O encerramento do palco principal do RiR 2016 ficou ao encargo de Avicii, o DJ e produtor sueco de 26 anos que anunciou, no início deste ano, que iria abandonar a vida artística.

A hora e meia de espetáculo foi preenchida com poderosos feixes de luz, fumos, chamas e fogo-de-artifício, terminando com o tema mais conhecido do artista: Wake Me Up.

Apesar dos incidentes que marcaram a edição de 2016 do RiR, este foi o ano em que se viu polícia dentro do recinto do festival, havendo também agentes à civil e não existindo ocorrências dentro do perímetro onde se realizaram os concertos.

A 8ª edição do Rock in Rio Lisboa já está confirmada para 2018, com Roberta Medina a revelar que gostaria de trazer a Portugal Bruno Mars, “um ‘show’ absolutamente envolvente” e Adele, dependendo “do espetáculo que ela tiver para apresentar”.