Aníbal Cavaco Silva apresentou "Quinta-feira e outros dias".

Cavaco Silva apresentou ontem, dia 16, no CCB, em Lisboa, o seu livro o qual garante conter “factos rigorosos” sendo uma “prestação de contas”.

“Sempre fiz questão de prestar contas dos cargos públicos que exerci. O mesmo acontece agora. Este livro é, em primeiro lugar, uma prestação de contas aos portugueses pela forma como exerci as funções de Presidente da República.” Esta foi a forma institucional, que Cavaco Silva utilizou para dizer que o livro não era um ajuste de contas com José Sócrates, acrescentando “Sem esta prestação de contas ficava incompleto o conhecimento de um tempo bastante complexo da vida nacional” numa perfeita alusão ao período que antecedeu e acompanhou o escândalo das alegadas escutas em Belém, no verão de 2009, a crise económica e financeira, o chumbo do PEC IV, a queda de José Sócrates e o pedido de resgate.

Agradecendo a todos os que com ele colaboraram, Cavaco Silva faria um elogio especial a sua esposa, Maria Cavaco Silva, “Sem ela não teria tido a carreira profissional e política que tive. Sem ela este livro não tinha existido “. A terminar disse “Considero-me um homem de sorte. Um homem de muita sorte. A todos muito obrigado, a todos um abraço amigo”.

Este primeiro volume do livro trata essencialmente do período em que Cavaco Silva coabitou com José Sócrates. Fica a expectativa sobre as revelações que a segunda metade da obra nos irá trazer, tanto mais que irá incidir sobre o início e o fim do Governo de Passos Coelho.