Pavilhão Carlos Lopes – “Atravessou o Atlântico e o tempo”


Foi devolvido à cidade de Lisboa um dos seus mais emblemáticos espaços, o Pavilhão Carlos Lopes.

O Pavilhão que começou por ser “ O Pavilhão de Portugal” na Exposição Internacional do Rio de Janeiro, que foi desmontado e transportado de barco, posteriormente reconstruído em Lisboa, que anos depois passou a “Pavilhão dos desportos” e que chegou aos nossos dias como “Pavilhão Carlos Lopes” foi ontem, dia 18, reinaugurado depois de ter sido sujeito a obras de reabilitação.

Este emblemático espaço Lisboeta, foi reinaugurado após ter sido encerrado em 2003, por falta de condições de segurança. Os trabalhos de requalificação, incidiram sobre a sala principal, de onde desaparecem os 4 pilares que tanto atrapalhavam a organização de eventos, a criação de infraestruturas de apoio e a preservação dos traços mais emblemáticos, tais como os painéis de azulejos e elementos decorativos, e o transformou num moderno espaço multiusos com condições únicas para a realização das mais diversas iniciativas.

A zona envolvente foi sujeita a reabilitada com a criação de novos acessos a partir da Av. Sidónio Pais, junto à estação de Metro do Parque, incluindo uma escada rolante. Em paralelo, foi melhorada a relação do edifício com o Parque Eduardo VII através da criação de uma escadaria de acesso a partir do interior do Parque, da recuperação de caminhos pedonais e de uma nova escada de ligação ao roseiral e zona do restaurante.

A cerimónia de reabertura foi presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, e pelo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, que agraciaram Carlos Lopes, com a “Chave da Cidade de Lisboa”.

Carlos Lopes algo comovido, agradeceu a todos os presentes, ao clube da sua terra onde começou a correr, mas o maior agradecimento foi para o Sporting, clube que sempre o ajudou e apoiou na sua carreira.

A reinauguração aconteceu no dia em que precisamente se assinalou o 70.º aniversário do ex-atleta e campeão olímpico.

Entre os presentes podemos encontrar, Rosa Mota, Aurora Cunha, Helena Roseta, Vítor de Sousa, Catarina Vaz Pinto, Simonetta Luz Afonso entre outros.

Carlos Lopes, que correu pelo Sporting e venceu provas como o Campeonato do Mundo de Corta-mato (1976 e 1984), a Corrida de São Silvestre de São Paulo, Brasil (1982 e 1984) e a maratona de Roterdão, Holanda (1985), será o protagonista de uma exposição permanente que ficará patente, nos torreões do Pavilhão com o seu nome, composta por 300 peças por si cedidas, como troféus, medalhas e roupa desportiva, e por elementos multimédia como vídeos (que serão projetados) e uma cronologia.

Durante um mês, o pavilhão acolhe também uma exposição sobre os 20 anos da Associação Turismo de Lisboa.

Está já agendado para este “novo” Pavilhão Carlos Lopes, a 1ª edição do “Peixe em Lisboa” de vai decorrer entre os dias 3 de março e 9 de abril, e a “Moda Lisboa” em outubro.