Red Bull Cliff Diving World Series – Açores recebem a prova pelo sexto ano consecutivo.


O ilhéu de Vila Franca do Campo, nos Açores, será, em julho próximo, palco da segunda etapa do calendário da prova. A época vai ser mais compacta e tem pela primeira vez participação masculina e feminina em todas as etapas.

No segundo fim-de-semana de julho (dias 8 e 9) os Açores voltam a estar no centro de todas as atenções ao receber pelo sexto ano consecutivo uma das mais emblemáticas etapas do Red Bull Cliff Diving World Series. O regresso ao ilhéu de Vila Franca do Campo é já um dos clássicos do calendário da mais importante competição internacional de saltos para a água de grande altura, com um historial de cinco edições que deixaram uma forte marca. A época de 2017 acaba de ser apresentada e Portugal continua assim no mapa desta modalidade extremamente técnica e dinâmica. Para Marta Guerreiro, Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo do Governo dos Açores, esta competição “enquadra-se no Plano Estratégico e de Marketing dos Açores, relativamente à angariação e aposta de eventos de renome internacional no segmento associado às atividades náuticas, projetando a Região num contexto promocional muito mais vasto”.

Para 2017 a ação vai estar mais concentrada, com um total de seis etapas a decorrer de junho a outubro entre a Europa e o continente americano. O arranque tem lugar na Irlanda, seguindo-se um périplo que passa por Portugal, Itália, Estados Unidos da América, Bósnia e Herzegóvina e Chile. As primeiras cinco paragens são destinos bem conhecidos dos atletas, ficando a grande novidade da temporada por conta da estreia em terras chilenas: a ação viaja até às quedas de água de Riñinahue, numa zona onde se podem avistar vulcões com o cume coberto de neve.

Entre as seis localizações agora conhecidas há uma enorme variedade de cenários e condições, entre a mais exuberante natureza – como é o caso dos Açores – e os ambientes urbanos da estância balnear de Polignano a Mare ou a impressionante ponte velha de Mostar. Além da paisagem, também as condições técnicas dos saltos vão alternando água salgada com água doce – uma variável que muda completamente a perceção e dureza no momento de entrar na água a quase 100 quilómetros por hora!

Do ponto de vista da competição há a registar uma importante evolução, já que 2017 será a primeira temporada desde a estreia em 2009 onde haverá participação masculina e feminina em todas as etapas. Além disso, a FINA (Federação Internacional de Natação) – entidade que tutela o Cliff Diving – introduziu algumas mudanças na tabela do coeficiente de dificuldade dos saltos.

Depois de ter conquistado no ano passado o seu sexto título mundial, o britânico Gary Hunt transformou-se na maior referência deste desporto e vai contar com a forte oposição de uma nova geração de atletas, com especial destaque para o mexicano Jonathan Paredes e o norte-americano Andy Jones. Em femininos será a australiana Rhiannan Iffland a defender o título, uma atleta que fez história na última época ao superar todas as concorrentes do quadro principal e chegar ao primeiro lugar na qualidade de “wildcard”.