DAKAR 2018 apresentado em Portugal


Cinco anos depois o Dakar volta ao Peru. A confirmação aconteceu na apresentação da 40ª edição do Dakar 2018, que decorreu ontem (16) na vila da Sertã, inserida no programa da Baja TT do Pinhal, do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno (CNTT) onde estão presentes vários pilotos a competir nas disciplinas de Auto, Moto, Quad e SSV, quatro das cinco áreas abrangidas por aquela que é considerada a mais dura prova de desportos motorizados

A apresentação esteve a cargo de Xavier Gavory, responsável máximo do serviço de competidores, que explicou as diversas alterações que os participantes podem esperar em mais uma edição desta famosa competição, que na última edição contou com 11 portugueses na lista de inscritos.

Com algumas alterações de traçado em relação à edição de 2017, o Dakar tem inicio dia 6 de janeiro  em Lima (a maior cidade da América Latina), naquela que também será a 10ª edição desta mítica prova no continente sul-americano, proporcionando aos concorrentes a passagem pelas celebres dunas peruanas depois de terem espreitado as águas do Pacífico.

A passagem pela Bolívia, abordará vários lados do lago Titiaca, seguido de um merecido dia de descanso em La Paz, a capital mais alta do mundo. A completar a passagem pela Bolívia, os participantes enfrentarão o Altiplano numa tirada que este ano promete ser diferente.

Nesta altura já Córdoba, que recebe a final do Dakar pela primeira vez, se perfila na mente dos concorrentes, um vez que no final da imensidão das dunas argentinas, espera-os o tão ambicionado “Podium”, a 20 de janeiro, encerrando assim esta difícil prova que testa para alem dos limites homens e máquinas.

Coube a Portugal receber a ultima apresentação desta competição, já que o nosso país sempre esteve presente com concorrentes com boas prestações. No Dakar de 2017, nas motos os portugueses Paulo Gonçalves e Joaquim Rodrigues classificaram-se respetivamente em 6º e 11º lugar.

Ruben Faria com 43 anos, agora diretor desportivo da Husqvarna-KTM, foi o português mais bem classificado até agora, quando em 2013, terminou a  prova em 2º lugar, atras de Cecil Despres. Contudo, conforme referiu ontem, tem ainda esperanças de voltar ao Dakar na categoria de SBS (side by side), que sendo composta por veículos menos dispendiosos, está a ter grande aceitação por todos aqueles pilotos que com menos apoios e recursos, continuam a ter dentro deles o bichinho do “Dakar”.

Já Mario Patrão que em 2017concluiu a prova na 20ª posição da geral, acabando por ser o quarto melhor piloto português no Dakar, diz estar muito satisfeito e seguro com a sua KTM, sentindo-se em perfeitas condições físicas e mentais para enfrentar o próximo Dakar.

O Rali de Merzouga, realizado em maio em terras marroquinas, teve como participante Antonio Maio da Yamaha, que ambicionava chegar á vitoria na categoria Dakar Challeng, que lhe daria entrada para a próxima edição do Dakar.

Infelizmente o bicampeão nacional de todo-o-terreno absoluto foi forçado a abandonar a prova marroquina durante a quinta e penúltima etapa, devido a um problema no motor da sua moto.

Apesar deste desfecho António Maio revelou ontem na Sertã, que um foi uma boa aposta perante uma realidade a que não estava habituado e na qual tem vindo a apostar desde o início do ano, uma vez que “em Portugal já há pouco para provar. Agora estou de olhos postos no Dakar”.

Embora lhe faltem alguns apoios e patrocinadores, Antonio Maio tem esperança que até dia 15 de julho, data em que encerram as inscrições, eles apareçam, acreditando na grandeza desta prova e nas suas capacidades.

Como parceiro principal desta prova a “Motul” criou o “Epic Trophy Motul”, que será atribuído à equipa técnica, que consiga diminuir a “pegada ecologia” do rali com mais eficiência já que uma das preocupações fundamentais da organização é precisamente a diminuição do impacto negativo de toda a poluição gerada por uma prova deste tipo.

Hasta 2018 en Lima, Peru!