Carminho – Talento, voz e fado, no Lounge D, do Casino do Estoril

Carminho, uma das vozes mais carismáticas do nosso fado, voltou a subir ao palco do Lounge D, para interpretar, sucessos marcantes da sua carreira.

Carminho no Lounge D, do Casino do Estoril
Carminho no Lounge D, do Casino do Estoril - ©Aldrabiscas

Integrado nos “Grandes Concertos” promovidos pelo Casino do Estoril, para as noites de quinta-feira, Carminho, trouxe-nos “Lagrimas do Céu”, “As pedras da minha rua”,“Chuva no Mar”, Senhora da Nazaré”, “Meu amor marinheiro”, “Escrevi o teu nome no vento” e “Bom dia Amor”, temas que foram surgindo com a doçura e a emoção, que põe em cada interpretação, para alem da uma grande qualidade vocal, que faz com que seja uma das vozes do fado, com maior projeção internacional, de sempre

A sala repleta, não regateou aplausos a esta fadista que foi contando algumas historias acerca da sua vida e da “vida” dos fados que canta.  Nos encores, e porque o publico teimava em não a deixar ir embora, Carminho interpretou “O Embuçado” , ( o primeiro fado que cantou para uma plateia, segundo referiu), cantarolou o êxito do HMB “O amor é assim”  acompanhada pelo publico e  dispensado os músicos e o microfone cantou o fado “As minhas penas” , visivelmente emocionada.

Acompanhada por José Marino Freitas, no baixo, Ivo Costa nas percussões, Fábio César Cardoso, na viola, Luis Guerreiro na guitarra portuguesa e Ruben Alves nos teclados e acordeão, Carminho, encerrou o espetáculo, com o tema “Saia Rodada”, debaixo de forte ovação.

Carminho cantora e compositora portuguesa, nasceu no meio de vozes do fado e de guitarras portuguesas. Filha de Teresa Siqueira, também ela fadista, estreou-se no Coliseu, com apenas doze anos. Querendo voar mais alto, aos quinze anos começa a cantar regularmente na casa de fados “O Embuçado” pertencente à sua família e embora tenha concluído a sua formação académica, em Marketing e Publicidade, nunca mais deixou, aquela que foi e continua a ser a sua paixão de menina.

Mas Carminho não se fica pelo fado. Outros géneros musicais, como a música popular portuguesa, a música popular brasileira e jazz, fazem parte da sua carreira. Em 2011 colabora com Pablo Alborán, em “Perdoname”, dueto que a catapulta para o primeiro lugar do Top espanhol, para além de a ter tornado ainda mais conhecida e acarinhada pelo publico português.

“O amor é assim” com os HMB ou “Chuva no mar” com Marisa Monte, foram outros temas em que participou e que se tornaram grandes sucessos.

Com uma carreira consolidada, Carminho editou em 2009, o seu primeiro álbum “Fado” e em 2012, “Alma”. Seguiu-se “Canto”, em 2014 e “Carminho canta Tom Jobim”, em 2016, com os quais anda em digressão pelos quatro cantos do mundo.