ANPC ALERTA PARA RISCOS AGRAVADOS DE INCÊNDIOS RURAIS E PROBLEMAS DE SAÚDE PÚBLICA

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) emitiu um aviso à população, devido a um agravamento significativo das condições meteorológicas associadas ao tempo quente e seco e, consequentemente, dos índices de risco de incêndio e de problemas de saúde pública.

Riscos agravados de incêndios rurais e problemas de saúde pública
Intervenção no combate a um incêndio com veiculo ligeiro de combate a incêndios - ®DR (ANPC)

 

Em função da previsão da evolução das condições meteorológicas esperam-se condições favoráveis à eventual ocorrência e propagação de incêndios rurais.

Além disso, a exposição ao calor intenso pode produzir efeitos negativos na saúde, sendo as crianças, os doentes crónicos e as pessoas idosas particularmente vulneráveis.

A mudança da situação meteorológica a partir desta quarta feira, 1 de agosto, com o estabelecimento de um anticiclone sobre a Península Ibérica e o surgimento de um fluxo do quadrante leste, irá originar aumento significativo da temperatura e a descida da humidade relativa em Portugal continental.

Para 2 e 3 de agosto, preveem-se temperaturas máximas de 35ºC na generalidade do território, com as temperaturas mínimas a acompanharem esta subida, prevendo-se “noites tropicais”, com temperaturas acima dos 20ºC, podendo mesmo ser superiores a 25ºC nalguns locais, em particular na noite de 2 para 3 de agosto.

A Proteção Civil Municipal alerta, assim, para o facto de estarem reunidas condições para a ocorrência de situações de instabilidade atmosférica, sendo estas mais prováveis a partir da tarde de 2 de agosto.

Esta situação meteorológica, de tempo muito quente e seco, deverá persistir pelo menos até dia 5 de agosto.

Estas condições configuram a ocorrência de índices de risco de incêndio muito elevados na região do Algarve, com agravamento previsto nas próximas 48 horas para o sotavento algarvio, esperando-se o aumento gradual do número de concelhos com risco máximo.

A ANPC recorda que, de acordo com as disposições legais em vigor, não é permitido:

– Realizar queimadas, fogueiras para recreio ou lazer, ou para confeção de alimentos;

– Utilizar equipamentos de queima e de combustão destinados à iluminação ou à confeção de alimentos;

– Queimar matos cortados e amontoados e qualquer tipo de sobrantes de exploração;

– Lançar balões com mecha acesa ou qualquer outro tipo de foguetes;

– Fumar ou fazer lume de qualquer tipo nos espaços florestais e vias que os circundem;

– Fumigar ou desinfestar apiários com fumigadores que não estejam equipados com dispositivos de retenção de faúlhas.

A ANPC recorda, ainda, alguns cuidados a ter face às condições meteorológicas previstas, nomeadamente quanto à realização de trabalhos agrícolas e florestais:

– Manter as máquinas e equipamentos limpos de óleos e poeiras;

– Abastecer as máquinas a frio e em local com pouca vegetação;

– Ter cuidado com as faíscas durante o seu manuseamento, evitando a sua utilização nos períodos de maior calor.

Para se proteger dos efeitos negativos do calor intenso, a Direção-Geral da Saúde recomenda:

– Procurar ambientes frescos, preferencialmente climatizados;

– Evitar que o calor entre dentro das habitações: correr as persianas ou portadas, manter o ar circulante dentro de casa, refrescar a habitação e evitar ligar fornos;

– Beber água ou sumos de fruta natural sem açúcar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas;

– Evitar a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11h00 e as 17h00;

– Utilizar roupa solta de algodão que cubra a maior parte do corpo, chapéu de abas largas e óculos de sol;

– Utilizar protetor solar com fator > 30 e renovar a sua aplicação de 2 em 2 horas;

– Escolher as horas de menor calor para viajar de carro;

– Não permanecer dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol, nem deixar os animais domésticos no carro;

– Evitar atividades que exijam grandes esforços físicos;

– Dar atenção especial a grupos mais vulneráveis ao calor, tais como crianças, idosos, doentes crónicos, grávidas, pessoas com mobilidade reduzida, trabalhadores com atividade no exterior e pessoas isoladas.