APMobi quer representar uma “nova geração” de motoristas de táxi.

Foi esta terça-feira apresentada a APMobi – Associação Portuguesa para a Mobilidade – que tem como principal objetivo lutar pela modernização do setor do táxi, por um serviço de excelência e por melhores condições para motoristas e passageiros.

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APMobi quer representar uma “nova geração” de motoristas de táxi - ®DR

 

A Associação Portuguesa para a Mobilidade tem como origem o grupo de motoristas de táxis que lançou a petição “Pelo Futuro do Táxi: só uma mudança real pode salvar o setor”, e conta também com o apoio da mytaxi. Segundo Ricardo Aivado, embaixador e membro fundador da APMobi o convite feito à mytaxi para integrar a nova Associação, deve-se não só ao “reconhecimento do trabalho que tem vindo a desenvolver em prol da inovação e da modernização do setor, mas também porque é um player importante e que nos pode ajudar a alcançar os nossos objetivos. “

Para Pedro Pinto, Diretor Geral da mytaxi Portugal, a justificação para ter aceitado este convite é simples, “queremos dar continuidade ao trabalho que temos vindo a desenvolver em prol da inovação e modernização do setor e encontrámos na APMobi uma forma ainda mais efetiva de o fazer. Fomos abordados por um grupo de motoristas de táxi que trabalha connosco há algum tempo e percebemos que partilhamos da mesma visão para o setor. Certamente que não concordaremos com tudo, mas juntos vamos trabalhar pelo futuro do setor do táxi”. Contudo, uma coisa é certa, a legislação base em vigor, para o setor do táxi, data de 1998 e se não for revista “poderão estar em causa mais de metade dos 30 mil postos de trabalho gerados pela indústria do táxi”, salientou Pedro Pinto.

Situações como; a alteração das tarifas de táxi, “para que possa proporcionar um serviço atraente para os clientes de hoje em dia”. O facto de o Algarve, por exemplo, ter 500 táxis, 500 mil habitantes e ter recebido em 2017 quatro milhões de turistas, implica a regularização das licenças que têm de estar de acordo com as Regiões. Igualmente devem ser revistos os contingentes de táxis, uma vez que não fazem sentido as “viagens em vazio” como, por exemplo, acontece no Aeroporto Francisco Sá Carneiro: se um táxi transporta um passageiro do centro da cidade para o aeroporto tem de sair da infraestrutura sem passageiros, pois, apenas, os taxistas indicados para o contingente do aeroporto o podem fazer.

Estas são realidades que afetam a classe e levam a Associação a erguer quatro principais bandeiras:  flexibilização das fronteiras geográficas, simplificação das tarifas, regularização das licenças de táxi e a facilitação do transporte para passageiros de portos e aeroportos.

A criação de uma tarifa fixa para o transporte de passageiros vindos de portos e aeroportos assim como a defesa dos direitos dos motoristas de táxis do interior de Portugal, “onde ainda é prestado um verdadeiro serviço público de transporte de passageiros” para hospitais e centros de saúde, são objetivos da Associação.

Em jeito de balanço, Ricardo Aivado referiu “Estamos agora a dar os primeiros passos, temos um longo caminho a percorrer e desafiamos todos os motoristas de táxis que queiram ter uma voz ativa na luta futura do setor a se juntarem a nós”