Jogos Olímpicos: Equipa Portugal com quatro diplomas

No quarto dia de competição nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 a Equipa Portugal, alcança quatro diplomas, com classificações até ao 8.º lugar.

Equipa Portugal nos Jogos Olímpicos
Jogos Olímpicos: Equipa Portugal com quatro diplomas - ®DR

Equipa Portugal obtem quatro diplomas olímpicos nestes quatro dias de competição dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Catarina Costa, obteve a 5.ª posição no Judo, e Gustavo Ribeiro, o 8.º lugar no Skateboarding. Yolanda Hopkins classificou-se na 5ª posição, no Surf e a Equipa de Dressage, na 8.ª no Grand Prix Special.

CICLISMO. Raquel Queirós terminou a prova de XCO – cross country na 27.ª posição, com o tempo final de 1:27:46. A ciclista da Equipa Portugal precisou de mais 12 minutos para completar o percurso de 20,55km, em Izu, do que a vencedora, a helvética Jolanda Neff.

Raquel Queirós, de apenas 21 anos, fez a sua estreia em Jogos Olímpicos e foi também a primeira vez que a vertente feminina desta prova contou com a participação portuguesa.

EQUESTRE. A Equipa Portugal da disciplina Equestre de Dressage classificou-se em 8.º lugar na final do Grand Prix Special e obteve um diploma nestes Jogos Olímpicos.

O acesso à final da equipa composta por Rodrigo Torres, em Fogoso, Maria Caetano, em Fénix de Tineo, e João Torrão, em Equador, entre as oito melhores concorrentes dos Jogos Olímpicos, tinha sido um resultado considerado surpreendente, e esta quarta-feira, em Tóquio, com a pontuação final de 6965.5, fixou-se no 8.º lugar.

Rodrigo Torres foi quem mais pontuou, com 2458.5, seguiu-se Maria Caetano, com 2260, e João Torrão com 2247. A Alemanha conquistou a medalha de ouro, com 8178 pontos, seguida dos Estados Unidos (7747), medalha de prata, enquanto a Grã-Bretanha (7723) ficou com o bronze.

Rodrigo Torres, que esta quarta-feira competirá na final individual, mostrou-se muito entusiasmado com a participação na decisão das medalhas. “Foi uma prova espetacular. Nunca pensei chegar à final, mas o cavalo superou-se e superou tudo o que podia imaginar. Ter a melhor nota e chegar à final olímpica foi um sonho realizado”.

JUDO. Anri Egutidze foi eliminado no primeiro combate que disputou na prova de – 81kg. O português esteve isento da primeira ronda da competição, mas não conseguiu ultrapassar o seu primeiro adversário, o austríaco Shamil Borchashvili. No fim do tempo regulamentar persistia a indecisão, mas aos 43 segundos do ponto de ouro o austríaco marcou um wazari e terminou com as ambições de Anri Egutidze, que fica no 17.º lugar em Tóquio 2020.

“Procurei a vitória, mas o combate não foi o que esperava. Sei as minhas capacidades, fiz tudo o que estava planeado, mas são os Jogos Olímpicos e aqui todos podem ganhar e perder”, lamentou o atleta no final do combate.

NATAÇÃO. Ana Catarina Monteiro assegurou um lugar na meia-final da prova de 200 metros mariposa e volta a entrar na piscina do Centro Aquático de Tóquio na quarta-feira, a partir das 02h57. Na eliminatória conseguiu a 14.ª melhor marca das eliminatórias – 2:11.45 – tempo um pouco longe das suas melhores marcas, mas que resulta da gestão da competição. “Sabia que era relativamente acessível passar às meias-finais e vou apostar tudo amanhã, vamos ver como é que as coisas correm”.

Estou a treinar bem, tenho boas sensações”. Nesta que foi a estreia da nadadora da Equipa Portugal em competições Olímpicas ficou o agradecimento final: “Sinto que sou eu que estou aqui a nadar, mas são muitas as pessoas que me tornaram Olímpica”.

José Paulo Lopes também esteve em ação, nas eliminatórias dos 800 metros livres. O tempo de 7:56.15 corresponde ao 23.º melhor de todos os nadadores da distância, o que não permite passar à final. “Estava à espera de melhor”, confessou. “Estava a sentir que a série estava mais rápida do que realmente estava e quando tentei arrancar aos 400 [metros], que é o que costumo fazer, já não tinha tanta força”.

SURF. Yolanda Hopkins terminou a sua participação em Tóquio 2020 no 5.º lugar e com a obtenção de um diploma, a assinalar historicamente a presença da Equipa Portugal na estreia da modalidade nos Jogos Olímpicos.

A jovem surfista, de 23 anos, enfrentou a sul-africana Bianca Buitendag, nos quartos-de-final, mas os seus 5.46 pontos não foram suficientes para atingir uma das meias-finais.

Yolanda Hopkins realizou as duas melhores ondas pontuadas com 1.53 e 3.93, ao passo que Buitendag somou 9.50 (6.00+3.50).

Na despedida das águas da praia de Tsurigasaki, Yolanda Hopkins reagiu com agrado ao resultado final: “Recebo um diploma nos meus primeiros Jogos Olímpicos e nos primeiros Jogos Olímpicos do Surf, e fico muito contente com isso. Sou uma rapariga muito competitiva e vim para cá com o pensamento no ouro, acabei por cair um bocadinho atrás, mas estou muito feliz com a minha performance. Sei que o meu surf dá para chegar lá acima… não foi desta.” Agora, o pensamento está virado para Paris

TÉNIS DE MESA. Marcos Freitas era o único representante português no torneio de singulares de Ténis de Mesa, mas foi afastado na ronda de 16 pelo n.º 1 do ranking mundial, o chinês Zhendong Fan.

Ao fim de 38 minutos de jogo, o chinês foi mais forte e impôs-se por 4-1. Marcos Freitas entrou a perder os três primeiros sets (6-11, 6-11, 2-11) e ainda conseguiu levar de vencida o quarto jogo (11-5), mas na quinta partida Fan venceu por 3-11 terminando com as aspirações do português em progredir na prova de singulares e que fica classificado no 9.º lugar.

Marcos Freitas, Tiago Apolónia e João Pedro Monteiro entram ainda na competição de equipas masculinas que tem início a 2 de agosto frente à Alemanha.

Na competição feminina, terminou também a progressão de Fu Yu, ao ser afastada na ronda 3 pela japonesa Mima Ito, n.º 2 mundial, por 4-1.

A japonesa entrou forte e ganhou o primeiro set por 9-11, mas Fu Yu deu uma boa resposta e venceu a segunda partida por 11-5. Mas a partir daí o domínio foi sempre da nipónica, que fechou as pontuações em 5-11, 4-11 e 5-11. Fu Yu fica em 17.º lugar nos Jogos Olímpicos.

A competição de singulares fica sem representantes portugueses na vertente feminina.

TRIATLO. Melanie Santos foi a 22.ª classificada na prova de triatlo feminino que se completou no parque da marina de Odaiba. A triatleta portuguesa saiu do percurso de natação em 22.º lugar e durante os 40km de bicicleta foi controlando a sua posição para tentar vencer não só a dificuldade da competição, mas também a chuva e o vento que se fizeram sentir em algumas fases. A transição para a corrida foi feita em 23.º lugar e no final dos 10 km a portuguesa cortou a meta em 22.º lugar, com o tempo de 2:02:06, nesta que foi a sua estreia Olímpica.

A prova foi ganha de forma isolada pela atleta das bermudas Flora Duffy, com o tempo de 1:55:36. O segundo lugar do pódio foi para a britânica Georgia Taylor-Brown e a americana Katie Zaferes ficou em terceiro lugar.

VELA. Carolina João subiu dois lugares, para 34.ª da classificação geral da competição olímpica de Vela, classe Laser radial, a decorrer nas águas de Enoshima, depois de disputadas a 5.ª e 6.ª regatas.

A velejadora da Equipa Portugal foi 36.ª na primeira regata do dia – um dos resultados que tem para descartar até agora – e 13.ª na segunda, a sua melhor performance desde o início dos Jogos Olímpicos. A mudança do campo de regatas e as variações do vento, mais previsíveis, permitiram a melhoria. Carolina João soma nesta altura 173 pontos (137 net), quando faltam disputar quatro regatas antes da “medal race”. Lidera a dinamarquesa Anne-Marie Rindom, com 35 pontos (22 net).

A dupla Jorge Lima-José Costa iniciou a competição da classe 49er, no 11.º lugar, conseguido na única regata do dia realizada em Enoshima. Estava prevista a realização de três regatas, mas a falta de vento levou ao adiamento de duas. Participam 19 tripulações e a vitória neste dia foi para a Irlanda, com Robert Dickson e Sean Waddilove.

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