Mariana Machado conquista a Medalha de Bronze nos Europeus de Corta-Mato

Mariana Machado alcançou a Medalha de Bronze na prova de sub-23 femininos dos Europeus de Corta-Mato

Mariana Machado nos nos Europeus de Corta Mato
Mariana Machado conquista a Medalha de Bronze nos Europeus de Corta-Mato - ®DR

Nos Europeus de Corta-Mato, Mariana Machado fez uma prova fulgurante, tendo conquistado a medalha de bronze, à semelhança do que havia acontecido em 2019 em Lisboa. E, tal como no percurso lisboeta, as duas primeiras voltaram a ser a italiana Nadia Battocletti e a eslovena Klara Lukan.

Mariana Machado (e as duas primeiras), andaram sempre no grupo da frente, com a bracarense a estar um pouco mais para trás e a ver a surpreendente francesa Mannon Trapp a surgir na luta pelas medalhas, uma tendência que parecia mais clara na última volta. Contudo, os últimos metros da italiana foram fortes e cortou a meta isolada (20m32s), quatro segundos antes da eslovena Lukan (20.36) e da portuguesa (com o mesmo tempo), que, entretanto, ultrapassara a francesa e confirmava o seu terceiro lugar. Ainda longe destes ritmos, Lia Lemos, a outra representante portuguesa, terminava na 24ª posição (21.45).

Claramente feliz, Mariana Machado mostrou como tinha encarado estes Europeus de Corta-Mato, onde “tinha adversárias de nível internacional, mais de seis delas foram aos Jogos Olímpicos. Foi uma prova muito desafiante, mas que já esperava e para a qual sabia que treinei à altura para estar aqui a lutar para ganhar uma medalha, que é sempre o espírito com que eu encaro a competição. E foi assim mesmo que encarei esta, sempre a pensar na medalha”.

As coisas pareceram tremidas na última volta, “que foi um bocadinho dura e por momentos pensei que me estava a fugir o sonho, mas nos últimos 400 metros, quando me consegui aproximar das duas primeiras, passando para o terceiro lugar, tudo pareceu mais real”. Nos últimos metros Mariana lutou pelo título de vice-campeã, “pensei mesmo que iria conseguir, mas nos últimos 50 metros senti as pernas a falhar e a eslovena mostrou ter mais força e ultrapassou-me mesmo sobre a meta”, disse a atleta, reforçando “que estamos a falar de uma atleta olímpica, de grande nível. Somos adversárias e amigas”.

“Mas estou muito feliz, por ter conseguido a minha terceira medalha internacional, duas de bronze, uma de prata, depois de vários quartos lugares. Falta-me o ouro e não vou desistir de alcançar esse objetivo”, afirmou a atleta.

Nos momentos finais, o esgar de esforço de Mariana era visível, mas foi recompensado com o seu sorriso de orelha a orelha final. A estudante de medicina sorriu bastante “pois foi o alívio de situação cumprida. Foram semanas muito intensas de treino, conseguindo conciliar isso com um estágio no hospital. Entrava à 9 horas e tinha que me levantar cerca das 6 horas da manhã, para cumprir o primeiro treino. O segundo treino era no final do dia, com horários extremamente exigentes, mas eu só pensava neste campeonato, no objetivo que tinha traçado para a competição. Por isso, não posso estar mais feliz, por ver todo o meu trabalho recompensado!”.

De referir que a Itália venceu coletivamente a prova (com 18 pontos), à frente da França (25) e da Grã-Bretanha (37).

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