Paulinho promete um Sporting decidido para vencer o Manchester City

Em entrevista exclusiva à ELEVEN, Paulinho fala de um Sporting decidido para vencer o Manchester City, da sua vida pessoal e profissional

Paulinho e o Sporting
Paulinho promete um Sporting decidido para vencer o Manchester City - ©Flavio Alberto

Paulinho o avançado que saiu do Braga para vir para Lisboa, jogar no Sporting, em entrevista à Eleven, falou do que mudou na sua vida profissional, mas principalmente na vida pessoal e de quanto o Sporting está decidido em vencer o Manchester City.

Há um ano no Sporting, muito mudou na vida de Paulinho. Em termos profissionais e pessoais. “Sempre joguei perto de casa. No Braga, Gil Vicente… Apesar de estar a 2h30 de casa, temos muitos jogos. E o que senti mais falta aqui, foi da minha família e dos meus amigos” conta Paulinho, acrescentando que “Por outro lado, encontrei um ambiente incrível. Não estava à espera, sou sincero. Fui muito bem recebido. A nível pessoal facilitou muito. Em termos profissionais, jogar no Sporting é totalmente diferente. A exigência é diária. O que fizeste no jogo passado, já não interessa. O que conta, é o que aí vem. É sinal de que tens de estar sempre no teu limite, sempre a trabalhar”.

E mesmo quando os golos não apareceram, Paulinho contou com o apoio de Rúben Amorim. “Ficava chateado por não marcar, mas nós ganhávamos. E isso era o mais importante. O míster apoiou-me, como apoia qualquer jogador. No meu caso, ele apoiava-me porque eu fazia tudo o que ele pedia. Sempre dei tudo pela equipa e ele nunca pediu mais do que isso”.

A atravessar uma das fases mais positivas desde que chegou ao Sporting, Paulinho, conta com um treino mental que adotou ao longo da carreira, para conseguir manter o nível. “O que se faz consoante a posição é idealizar o que tem de se fazer. Imagino e simulo os movimentos que tenho de fazer. É um treino invisível, mas que eu faço”.

A experiência profissional do jogador leonino, permite-lhe olhar de outra forma para o futebol e contribuir para que a sua carreia evolua progressivamente. Paulinho é já um exemplo para os mais novos. “Costumo dizer aos mais jovens para aproveitarem enquanto estão cá. Porque já tive colegas formados nos grandes, que apanhei no Trofense, no Gil Vicente e que agora já não jogam. Tiveram tudo e de repente ficaram sem nada. Costumo dizer a brincar que quando estiveres no banho e não tiveres água quente, vais dar valor à água quente”.

O mercado de inverno trouxe dois reforços para o Sporting: Islam Slimani e Marcus Edwards. “Foram duas boas contratações porque são dois jogadores diferentes dos que temos no plantel. É sempre bom porque nos dá mais opções”. Paulinho ganhou concorrência direta na frente de ataque. Mas a competitividade é vista com bons olhos pelo internacional português. “Quando temos concorrência interna que nos faz ser melhor todos os dias, é sempre bom. Porque vamos evoluir e vai exigir o nosso melhor”, referiu o avançado do Sporting em relação ao regresso de Slimani.

Relativamente ao Sporting e com o próximo jogo da Champions League em que o clube vai defrontar o todo-poderoso Manchester City, num duelo entre os campeões de Portugal e Inglaterra, Paulinho quer contrariar a teoria. “Claro que o City é um candidato ao título. Todos lhe atribuem favoritismo. E tem de ser, porque tem dos melhores jogadores em cada posição. Mas nós temos de ter ambição e ousadia. Respeito por nós e pelo clube para lutar para ganhar”, garantiu Paulinho, apesar de reconhecer que o sorteio não facilitou a vida aos leões. “Saiu-nos a equipa mais forte. Ou uma das mais fortes do mundo. Mas para sermos os melhores, temos de jogar contra os melhores”.

Para alimentar o sonho de seguir em frente, o Sporting vai manter-se fiel àquele que tem sido um dos segredos para o sucesso da equipa: o coletivo. “Nós somos muito fortes, porque somos uma equipa muito unida, dentro e fora de campo. O ambiente aqui é incrível. Quando é para relaxar, é para relaxar. Mas quando é para entrar em campo, é a mil. Nem o mister nos deixa andar a menos. E ele consegue provar-nos com vídeos e com vitórias que o segredo é mesmo a equipa. E nós acreditamos nisso”.

Outro fator que tornou este Sporting numa máquina vitoriosa, é a forma como se encara o trabalho diário com o máximo de seriedade. “Aqui não importa a idade, não importa absolutamente nada, a não ser o rendimento. E tem-se visto pelos miúdos de 17 e 16 anos a jogar. Todos, a gente sabe que se trabalhar, vai acabar por ter a sua oportunidade”, garantiu Paulinho à Eleven.

Uma política transversal ao clube e que para o avançado de 29 anos é um dos motivos pelo qual os jovens da formação chegam preparados para vingar no plantel principal. “O mister também consegue simplificar ao máximo o que quer deles. Não passa demasiada informação. E depois não é acrescentada nenhuma pressão extra. São tratados como qualquer outro, para o bem e para o mal”.

Apesar da conhecida qualidade dos atletas formados em Alcochete, Paulinho assume que ficou surpreendido com alguns quando chegou ao Sporting. “Não tinha noção da qualidade do Nuno Mendes, nem do [Gonçalo] Inácio, nem do Matheus Nunes. São miúdos que vão fazer grandes carreiras. Depois tens o [Flávio] Nazinho, o [Gonçalo] Esteves, o Dário [Essugo]. São miúdos que têm jogado, têm aparecido e têm sabido esperar pela oportunidade deles”.

Quanto à revalidação do título, Paulinho garante que a mentalidade é a mesma do ano passado. “Continua a ser olhar para o próximo jogo. Não adianta estar a fazer projeções para o futuro. Não podemos achar que vamos ser campeões, se não ganharmos o próximo jogo”.

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