Patrícia Mamona alcança a medalha de bronze nos Europeus em Pista Coberta

Hoje nos Campeonatos Europeus em Pista Coberta, o destaque vai para a medalha de bronze de Patrícia Mamona e o sexto lugar de Marta Pen Freitas

Patrícia Mamona Europeus
Patrícia Mamona alcança a medalha de bronze nos Europeus em Pista Coberta - ®DR

Mais um grande dia para Portugal nos Campeonatos Europeus em Pista Coberta, em Istambul, com a medalha de bronze de Patrícia Mamona, no triplo-salto, e o sexto lugar de Marta Pen Freitas, nos 1 500 metros.

Uma final muito aguardada, a do triplo-salto feminino. Mesmo em termos da European Athletics, porque, por diversas circunstâncias, Patrícia Mamona era a primeira triplista a defender o título europeu nestes Campeonatos Europeus em Pista Coberta. Patrícia não começou mal, com um salto a 14,16 metros, viu depois a turca Tuğba Danismaz fazer o salto da sua vida, colocar-se em primeiro lugar. Não foi consequência disso, mas a portuguesa nunca conseguiu melhorar. Ainda viu a italiana Dariya Derkach ultrapassá-la (14,20 m) e fechou o concurso no terceiro lugar. A única medalha de pódio que lhe faltava, pois foi vice-campeã em 2017 e campeã em 2021.

No final da prova, Patrícia Mamona admitiu não estar na melhor das condições apara estes Campeonatos Europeus em Pista Coberta. «Fiquei um pouco lesionada na qualificação, ainda estive a trabalhar com o fisioterapeuta para tentar recuperar, senti que ainda podia estar a lutar pelas medalhas, mas com a clara noção de que teria de ser logo nos primeiros saltos. Não deu o que queria, não estava ali a acertar com a tábua, mas fico satisfeita e muito orgulhosa com a minha medalha de bronze», referiu, dando os parabéns à sua adversária turca, «porque ela fez um bom salto e os turcos também mereciam essa alegria».

Esta foi uma época atípica para a recordista de Portugal. «Lesionei-me logo após o estágio. Estive muito tempo parada, recomeçámos para poder competir nos nacionais de clubes, depois os Campeonatos de Portugal também correram bem e resolvemos que estaríamos em condições de competir. Hoje não foi o meu dia», afirmou, notando que «a vida de atleta é mesmo assim. Umas vezes estamos lá em cima, outras temos um momento baixo. O importante é focarmos no regresso para voltarmos a ter momentos altos», concluiu, reforçando que agora o importante é recuperar bem para reiniciar os treinos para a temporada de verão.

E chegou a hora da final dos 1 500 metros, com Marta Pen Freitas na primeira final da sua carreira. Desde 2011 que Portugal não tinha uma finalista na distância. Numa prova rápida, a portuguesa acabou em sexto lugar, com a sua melhor marca da época (4m07m95”). A viver o seu sonho, «todos os dias vivo o meu sonho, o atletismo. Neste momento estou contente por ter chegado à final, fazer o melhor da temporada, mas ainda estou aqui a pensar se perdi ou não uma oportunidade de medalha, que é o objetivo do meu sonho. Talvez daqui a uns minutos eu consiga estar aqui a celebrar o meu sexto lugar», referiu.

«Para estar a lutar pelo pódio eu necessitava estar melhor colocada. Andei ali um pouco a perder o contato e a recolar e não estava bem colocada para as decisões. Tenho de estar satisfeita pela minha prestação, segundos europeus, primeira final, um sexto lugar e a melhor marca do ano. Especialmente se pensar que nem estava para competir, pois estive muito doente em dezembro. Decidimos competir e fiz seis corridas em três semanas, senti-me um pouco cansada», concluiu.

Antes, Carlos Nascimento correu nas meias-finais dos 60 metros, alinhou na terceira e última, terminando no sétimo lugar com a marca de 6,71 segundos, igualando o que fizera de manhã nas eliminatórias.

Os resultados da primeira meia-final estabeleceram logo as marcas de repescagem para a final e isso parece ter condicionado os concorrentes. «Como participei na última, deu para ver as outras e perceber que correr ao nível do meu recorde pessoal não chegava, contudo eu sabia que tinha de tentar dar o máximo», referiu, desapontado com a corrida feita. «Saio daqui sem perceber o que correu mal na minha corrida. Fiquei numa pista de fora, sem duas referências, mas acabei a minha participação sem mostrar exatamente o que valho, sem o resultado que o meu trabalho deveria refletir», afirmou no final.

Estes Campeonatos Europeus terminam amanhã, domingo, com apenas dois portugueses em competição. Às 07h43 (10h43 em Istambul), Abdel-Kader Larrinaga alinha na pista dois da segunda meia-final dos 60 m barreiras, onde tentará um dos quatro primeiros lugares que dão acesso à final, que se realizará depois às 18h05.

Durante a segunda jornada, de tarde, portanto, às 16h50 terá lugar a final do salto em comprimento, com a presença de Evelise Veiga.

Os resultados oficiais podem ser consultados na página da European Athletics.

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