Portugueses mostram-se preocupados com a possível má utilização dos dados através de IA

9 em cada 10 portugueses já ouviram falar da forma como as empresas, entidades ou instituições podem usar a IA para tratamento de dados.

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Portugueses mostram-se preocupados com a possível má utilização dos dados através de IA - ®DR

75% dos portugueses mostram-se preocupados com a possível má utilização dos dados através de IA

Foi há cinco anos que entrou em vigor Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD), o que representou um marco significativo na forma como organizações e indivíduos, atuantes ou residentes na União Europeia, lidam com a gestão da informação e a privacidade dos dados em atividades profissionais, comerciais, financeiras, culturais ou sociais, de natureza coletiva ou pública.

Esta medida tornou as pessoas mais conscientes no que diz respeito à partilha de dados e, prova disso, é que 75% dos portugueses se mostram preocupados com a possível má utilização dos dados através de Inteligência Artificial (IA), conforme revela o Observador Inteligência Artificial, realizado pelo Cetelem – marca comercial do grupo BNP Paribas Personal Finance. Por outro lado, os portugueses mostram-se de certa forma informados em relação ao assunto, já que 9 em cada 10 já ouviram falar da forma como as empresas, entidades ou instituições podem usar a IA para tratamento de dados.

Oito em cada 10 portugueses costumam autorizar o uso dos seus dados pessoais

Presentemente, e no que diz respeito ao consumo, é comum marcas e lojas solicitarem os dados pessoais dos consumidores e 8 em cada 10 portugueses costumam autorizar o seu uso, sendo que apenas 5% afirmam que o fazem sempre. No entanto, apenas 3 em cada 10 concordam que as marcas usem os dados para melhorar a oferta de produtos e serviços, o que espelha que há ainda uma grande percentagem que, embora possa ceder dados, se mostra reticente quanto ao uso por parte das marcas.

Já quanto à questão de como os portugueses se sentem em relação à ideia de que sejam computadores ou robots a recolher, tratar e analisar os seus dados pessoais, esta não reúne consenso e as opiniões dividem-se, 49% discordam da ideia e 51% concordam. Porém, nota-se uma tendência de concordância nos cidadãos com idades compreendidas entre os 35 aos 44 anos e discordância na faixa etária dos 45 anos em diante.

De referir que o mesmo estudo revelou recentemente que apenas 1/4 dos portugueses estão disponíveis para fornecer dados, informações e conhecimentos que possam levar um computador ou robot a fazer algo por eles. Ou seja, estes resultados espelham que os inquiridos se mostram inseguros neste tema.

Metodologia

Estudo conduzido através de entrevistas online. Foram realizadas 1000 entrevistas, representativas da população portuguesa (quotas de género, idade e região de acordo com os dados do INE). O erro máximo associado à amostra é de +3.1 p.p. para um intervalo de confiança de 95%. As entrevistas foram conduzidas por intermédio de questionário estruturado de perguntas fechadas, semi-fechadas e abertas, fornecido pelo Cetelem, com a duração máxima de 13 minutos. Os trabalhos de campo integraram indivíduos de ambos os géneros, de idades compreendidas entre os 18 e os 74 anos, residentes em Portugal Continental.

Sobre o Observador Cetelem

Há 23 anos em Portugal, o Observador Cetelem é um centro de estudos sobre consumo e de acompanhamento económico do BNP Paribas Personal Finance. A sua missão é observar, esclarecer e decifrar a evolução dos padrões de consumo internacionalmente. Para satisfazer este requisito, foi criado um sistema baseado na diversidade e na complementaridade de conteúdos com estudos anuais internacionais de referência, um sobre o automóvel à escala mundial e outro sobre o consumo a nível europeu; além de estudos realizados localmente como forma de acompanhar o consumo em Portugal.

Os estudos Observador Cetelem são realizados pelo Cetelem – BNP Paribas Personal Finance, entidade especialista em crédito ao consumo do Grupo BNP Paribas, que é um player Europeu de referência no sector, que está presente em mais de 30 países de 4 continentes, empregando mais de 20 mil pessoas. Em Portugal desde 1993, tem como propósito promover o acesso a um consumo mais responsável e sustentável para apoiar clientes e parceiros. Uma missão diária de mais de 650 colaboradores – especialistas em crédito pessoal, financiamento automóvel, cartões de crédito e seguros. Produtos subscritos por milhões de clientes no site, na app, por telefone, nas lojas ou num dos 3800 estabelecimentos de parceiros.

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